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O projeto francês Nouvelle Vague (trocadilho com o cinema novo francês dos anos 60 e com o new wave rock dos anos 80) volta ao mercado fonográfico com o álbum "Bande à part", uma espécie de seqüência do álbum de estréia, "Nouvelle Vague" (2004) que, juntando sob a eletrônica bossanovista músicas do fim dos anos 70 e da primeira metade dos anos 80, vendeu mais de 200 mil cópias pelo mundo.

No entanto, o Nouvelle Vague parece ter resistido ao que muitos no mundo pop se entregam: a piada repetida. E fez um novo disco, a tomar por base as músicas disponíveis na internet, bastante diferente do de estréia.

Se no primeiro caíram muito bem as versões do synth-pop "I just can't get enough" (Depeche Mode), da depressiva "Love will tear us apart" (Joy Division) ou do hardcore "Too drunk to fuck" (Dead Kennedys), no novo álbum a novidade fica por conta da opção dos franceses pelos ritmos da América Central, em especial de Cuba e Jamaica. No repertóriao, de Billy Idol a Buzzcocks.

"Não se trata apenas de covers para uma festa de verão", diz Marc Collin, um dos idealizadores do NV, em entrevista ao jornal inglês The Guardian. "Algumas das músicas não são fáceis de escutar", avisa.

Desta vez, porém, a promessa de encerrar o projeto - já feita após o lançamento do primeiro disco - parece mais verdadeira do que há dois anos atrás:

"Tenho muitas idéias. Mas após este disco vou encerrar o projeto. As pessoas perguntam se poderíamos tocar as bandas dos anos 90 e eu digo 'não, nunca'". Em seguida, relata o Guardian, Collin balança a cabeça. Nunca diga não. "Talvez, em outro projeto", pensa alto - e melhor.

De repetido em "Bande à part", Marc Collin e Olivier Libaux usaram apenas algumas das oito cantoras que estavam no primeiro. mas mudaram a escalação: Gerald Toto, Phoebe Killdeer, Melanie Pain, Marina Celeste e Silja, estas três últimas gravando pela segunda vez no projeto da dupla de franceses.

No site, já se pode escutar - gratuitamente, diga-se de passagem, e com o aviso de que é possível baixar todas pelo iTunes nos EUA - quatro das 14 canções do novo disco.

"The Killing Moon", do Echo and the Bunnyman, tem a cantora Phoebe nos vocais. Em "Heart of glass", o cantor Gérald canta a la Caetano Veloso, dando vida à onda mais latina buscada pela banda no novo álbum, a partir da canção de Blondie. Em "Fade to grey", do Visage , órgãos poderosos contrastam com a voz suave de Marina. Em "Bela Lugosi's dead", do Bauhaus, novamente a cantora Phoebe assume o vocal para sussurrar que Bela Lugosi está morto, sobre uma batida tribal que nos coloca dentro de um ritual vodu.

Este mês, a banda completa uma pequena turnê pela Europa, com um pulinho a Bangkok para a Festa da Música da capital da Tailândia. Em setembro, terá 16 shows nos Estados Unidos e Canadá. Mas, em seu site, o Nouvelle Vague não faz a mais vaga menção a apresentações na América do Sul, onde esteve em 2005.

Confira, abaixo, o repertório do novo disco:

ECHO AND THE BUNNYMEN : "Killing moon"

BUZZCOCKS : "Ever fallen in love"

LORDS OF THE NEW CHURCH : "Dance with me"

YAZOO : "Don't go"

BILLY IDOL : "Dancing with myself"

BLONDIE : "Heart of glass"

THE WAKE : "O Pamela"NEW ORDER : "Blue Monday"

THE CRAMPS : "Human fly"BAUHAUS : "Bela Lugosi's dead"

THE SOUND : "Escape myself"

HEAVEN 17 : "Let me go"VISAGE : "Fade to grey"

BLANCMANGE : "Waves"

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