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Anjos da Noite: no quarto filme da série a vampira Selene (Kate Beckinsale) descobre ser mãe de uma menina | Divulgação
Anjos da Noite: no quarto filme da série a vampira Selene (Kate Beckinsale) descobre ser mãe de uma menina| Foto: Divulgação

Quando estreou sua produção Anjos da Noite em 2003, o diretor e roteirista Len Wiseman já estava de olho na infinidade de sequências que esta história poderia render. Ele desenhou um universo de lendas e profecias, inspirado por videogames e RPGs (role playing games), para contar uma história manjada sobre um amor proibido com a milenar batalha entre vampiros e lobisomens, aqui chamados lycans, como pano de fundo.

Em sua intrincada fantasia – já que é preciso assistir a todas as partes da série para entender a trama – Selene (Kate Beckinsale) é uma vampira que se apaixona por Michael (Scott Speedman), um mé­­­­dico azarado que acaba se transformando em uma criatura híbrida das duas raças. Como ninguém parece gostar dessa união, eles são caçados nas sequências. Exceto por A Rebelião (2009), que mostra o início das rivalidades entre esses dois grupos, a história mantém praticamente o mesmo argumento.

Porém, em O Despertar, que chega hoje aos cinemas também em cópias 3D e IMAX, as criaturas, que até então viviam à margem – e conhecimento – dos humanos, são descobertas. As cenas iniciais, ultraviolentas, diga-se, mostram um verdadeiro extermínio de vampiros e lycans e a captura de Selene e Michael por uma empresa de pesquisas.

Doze anos mais tarde, a vampira "desperta" e parte em busca de seu amado. O que ela não espera é encontrar a pequena Eve (India Eisley), única de sua espécie e capaz de criar uma nova linhagem de superseres sobrenaturais.

A menina, entende-se em seguida, é filha de Selene, nascida enquanto a mãe era mantida inconsciente em cativeiro. Assim, além de ser perseguida pelas duas raças, a família passa a enfrentar também o inescrupuloso médico Jacob Lane (Stephen Rea) e seu exército.

Dirigido pela dupla de suecos Mans Marlind e Bjorn Stein, esta quarta sequência já demonstra claros sinais de fadiga da franquia. Não há como esconder um certo grau de saciedade do que se vê na tela, apesar das competentes cenas de ação e efeitos especiais.

Pesa também em O Despertar a incapacidade de Len Wiseman de sair da mesmice. Fora o apelo visual, com figurinos à la Matrix, parece não haver outra preocupação por parte do cineasta, principalmente no que diz respeito ao desenvolvimento dos personagens e do enredo.

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