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Confira a programação completa da 28ª Oficina de Música de Curitiba

Sentados, à vontade e sorridentes, William Fedken­­heuer, Rebecca McFaul, Russell Fallstad e Anne Francis desfazem o estereótipo do músico erudito quase sem querer. Os quatro norte-americanos formam o Fry Street Quartet, um dos destaques da 28.ª Oficina de Música de Curitiba. O primeiro concerto deles no Brasil acontece no sábado, no Canal da Música.

"Estou achando a cidade linda, mas um pouco quente demais", brinca Fallstad. O grupo, baseado na cidadezinha de Logan, no estado de Utah, saiu de um frio de -20ºC para encarar o verão brasileiro. "Está sendo maravilhoso. Encontramos ótimos músicos, pessoas interessantes e interessadas. A energia é muito boa", diz Anne. Três dos integrantes também são professores da oficina.

O quarteto – dois violinos, viola e violoncelo – surgiu em Chicago, em 1997. O nome é uma "homenagem" a uma rua da cidade, conhecida por ficar sob domínio da máfia de Al Capone. "Achá­­vamos que deveríamos mudar o nome para algo mais sério, mais chique. Mas aí já era tarde", explica Anne.

O Fry Street começou sua carreira internacional em 2002, como embaixador cultural dos Estados Unidos nos bálcãs. A turnê contou com a estreia europeia de Y2KJ, de Mark Weippert’s, obra encomendada para o quarteto. "Hoje tocamos muito nos Estados Unidos e fazemos turnês internacionais cerca de duas vezes por ano", diz Fedkenheuer.

Brasil

O contato com o público brasileiro é o que mais atrai a curiosidade do grupo. Na última terça-feira, os quatro acompanharam o recital de piano e violoncelo de Olga Kiun e Alexander Znachonak, na Ca­­pela Santa Maria. "Foi lindo, o lugar tem uma atmosfera ótima. Pode soar um pouco egoísta isso, mas foi estranho ver como o público não quer que você pare de tocar", comenta Fallstad.

Importância

"Ao viajar pelo mundo, fazemos mudanças na maneira de tocar. Aprendemos que o público tem uma importância nisso. Às vezes, a plateia te inspira a fazer algo diferente, que você não faria em outro lugar. Por isso, para mim, o concerto aqui vai mudar a forma como nós tocamos", complementa Fedkenheuer, à vontade em seus chinelos de dedo.

No programa do concerto, es­­tão Beethoven (Quarteto de Cordas em Dó Menor n.º 4, Op. 18), Samuel Barber (Quarteto de Cordas Op. 11 e Anton Dvorák (Quarteto de Cordas em Fá Maior).

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