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Gaby Amarantos trará para o show em Curitiba sucessos do disco "Treme" e outras "versões engraçadas." | Junior Franch/Divulgação
Gaby Amarantos trará para o show em Curitiba sucessos do disco "Treme" e outras "versões engraçadas."| Foto: Junior Franch/Divulgação

Gaby Amarantos ganhou vários títulos ao longo desses anos, desde "rainha do tecnobrega" à "Beyoncé do Pará." O fato é que hoje, a paraense consagrada pelo público e pela crítica, estrela de importantes propagandas e ainda mais em voga pelo quadro "Medida Certa", do programa Fantástico, quer ser reconhecida de forma ampla, como uma "cantora brasileira." Ela se apresenta no sábado (9) pela primeira vez em Curitiba, às 18h30, no Palco Conexões-Boca Maldita, durante a Corrente Cultural.

Em conversa por telefone com a Gazeta do Povo, prometeu: "Vou fazer o povo tremer e se divertir!" Veja os principais trechos da entrevista:

O que espera desse seu primeiro show em Curitiba? Estou superanimada e feliz, é uma oportunidade muito bacana. Estou recebendo muito retorno do público desde já. Quero levar essa energia da Floresta, fazer o povo tremer e se divertir! Vou tocar algumas coisas do meu CD, o "Treme", e outras versões engraçadas que crio. Mas é um show bem dançante, que fica romântico e depois dançante de novo. É para as pessoas extravasarem. Mas, como é a primeira vez que vou, não quero falar muito, vou manter as surpresas.

Você se apresentará na Corrente Cultural, que é um evento gratuito, na rua, um formato muito bem aceito pelos curitibanos. Você já se apresentou em shows assim, o que acha da proposta?Eu adoro esse tipo de formato, porque são muito populares, dão a oportunidade das pessoas verem shows que não poderiam ir caso fossem pagos. Também tem muito haver com o meu público que é bem diverso: tem família, crianças, mulherada, macharada, você vê várias coisas misturadas. O hétero, o gay, o público mais moderninho, a galera do rock n´roll, todo mundo se junta. E isso que eu quero: que as pessoas olhem para os lados e vejam quanta gente diferente que existe, e estão juntas. E me acho muito privilegiada de agradar públicos tão diferentes. Espero manter isso para sempre.

Você está em turnê pelo exterior. Como está a recepção lá fora?Está muito bacana, eles tratam como uma nova música brasileira. E chegam aos shows sabendo pra caramba, eles pesquisam muito sobre os movimentos culturais. Fomos recebidos com muito carinho.

O seu estado natal, o Pará, está muito em voga, tanto em relação ao movimento musical como no turismo, na gastronomia. Como é isso para você? Se sente como uma espécie de "embaixadora"?Isso é uma missão de vida para mim, muito prazerosa, que eu faço com todo o amor do meu coração. Tenho respeito pela cena toda, sou apaixonada pelo meu estado. Temos um potencial turístico incrível, uma gastronomia maravilhosa. Quem vai ao Pará fica encantado com a receptividade do paraense. E já estava tudo ali. A partir do momento que passaram a descobrir a cidade, as praias de rio, a comida incrível, foram se surpreendendo. Nisso, eu sou só a pontinha do iceberg. Ainda tem muita surpresa que virá do Pará.

Você foi premiada e elogiada pela crítica, está em propagandas importantes e uma de suas canções foi tema de novela. Isso ajudou na aceitação do seu trabalho?Todos esses fatores são ondas sonoras que se propagam cada vez mais forte. Quando elas se somam, as pessoas pensam: "ah, se todo mundo está falando, se está na novela, deve ter algo de bom." E aí a pessoa que não queria dar nenhuma chance acaba escutando. É um preconceito cultural que a gente faz, não só com o tecnobrega, mas com a mania de dar valor para a música daqui só quando alguém de fora fala. Hoje, sinto o público crescendo de forma muito rápida, e espero que se espalhe para o norte inteiro, para o Macapá, o Acre e por toda a Floresta Amazônica, que as pessoas saibam que há muita gente boa pensando e fazendo música. Eu quero ser reconhecida como uma cantora brasileira. Tenho muita influência de samba, black music, tenho uma linha romântica que pretendo trazer no meu próximo disco. Quero que me entendam como uma artista que pode cantar o que for, não só tecnobrega. Mas é um estilo que eu defendo com unhas e dentes, e que me projetou.

Tem planos de voltar a Curitiba em breve?Quero voltar para Curitiba seja como for! Sabia que esse caso de amor ia acontecer na hora certa, tenho certeza que será um show inesquecível. Quero levar essa alegria e também aprender muito com vocês, estou ansiosa. Quero chegar mais cedo, dar um rolê na cidade para respirar o que ela tem, ampliar a minha bagagem cultural. Tenho certeza que isso contribuirá para o show.

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