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DVD

Sua Única Saída

Estados Unidos, 1947. Direção de Raoul Walsh. Versátil. Classificação indicativa: 14 anos. Preço médio: R$ 44,90. Western.

Faroeste e Freud. O quê? Isso mesmo, um western psicanalístico. Assim pode ser descrito Sua Única Saída, filme pouco conhecido do diretor norte-americano Raoul Walsh (de O Último Refúgio), estrelado por Robert Mitchum (O Mensageiro do Diabo) e Teresa Wright (A Sombra de uma Dúvida). A ação gira em torno de Jeb Rand (Mitchum), um homem atormentado por pesadelos sobre a noite em que foi adotado por uma mulher viúva após o assassinato de seus pais. Depois de se tornar herói de guerra, ele retorna para casa, decidido a se casar com sua irmã adotiva. Acontece que o misterioso passado de Jeb vem à tona, com uma inesperada carga de violência e vingança, para pôr em risco a felicidade do casal (PC).

CD1

Who’ll Speak for Love

Traincha. Blue Note/EMI. Preço médio: R$ 42. Jazz.

Uma nova diva parece ganhar os acordes definitivos de Burt Bacharach. O pianista e compositor norte-americano – de história importantíssima na música daquele país –, encontrou na holandesa Katrijntje Oosterhuis (Traincha), de 36 anos, sua nova Dionne Warwick.

A intérprete, de técnica impecável, pode já ser conhecida dos brasileiros devido à música "What the World Needs Now", presente na trilha sonora internacional da novela Viver a Vida. A canção faz parte do álbum Who’ll Speak for Love, que acaba de chegar no Brasil com o carimbo gordo do selo Blue Note.

Editado nos Estados Unidos e na Europa há dois anos, este é o segundo songbook que a holandesa de 36 anos dedica à obra de Bacharach. E, como no anterior, The Look of Love, de 2006, tem o aval do próprio compositor, que toca piano em três faixas.

Acompanhada pela Metro­­po­­le Orchestra – com regência de Vince Mendoza e arranjos do também produtor Patrick Williams –, Traincha (nascida em Amsterdã, onde foi batizada como Judith Katrijntje Oosterhuis) é extremamente fiel às versões originais do repertório, a maioria delas lançada nos anos 1960. São 15 faixas, que incluem inclusive "Raindrops Keep Falling on My Head" em versão jazzística certeira. (CC)

CD 2

Sugar Sweet

Grandpa Elliott. Universal; Preço médio: R$ 30. Soul.

A proposta do selo Playing for Change ("tocando por trocados") é levar ao estúdio músicos talentosos que cantam e tocam nas ruas, talentos crus de figuras que, de outra forma, jamais seriam conhecidas por um público mais numeroso. É o caso do "vovô" Elliott, um senhor que o produtor Mark Johnson viu se apresentar numa esquina do bairro francês de Nova Orleans. Nas gravações, é possível sentir a potência da voz de Elliott em contraste com a suavidade dos instrumentos – suaves até demais. A maioria das canções fala de amores frustrados e de outros que deram certo (ou quase) – um dos destaques é "This Little Light of Mine", o medley que vale o disco. A lista termina com a melancolia natalina de "Please Come Home for Christmas". (IBN)

CD 3

Interpreting the Masters Volume 1: a Tribute to Daryl Hall and John Oates

The Bird and the Bee. Blue Note. Importado. Preço médio: US$ 13. Rock/Pop.

Em seu terceiro disco, o duo californiano The Bird and the Bee – formado pela vocalista Inara George e pelo produtor Greg Kurstin – iniciam uma série de álbuns dedicados às obras de seus "mestres", no caso do primeiro volume, a dupla norte-americana Daryl Hall & John Oates, ícones do pop dos anos 80.

Interpreting the Masters reúne nove canções, oito delas releturas dos principais hits de Hall & Oates, incluindo "I Can’t Go for That", "Kiss on My List", "Private Eyes" e a mais famosa, "Maneater" (com vocais de apoio da escocesa Shirley Manson, da extinta banda Garbage), primeiro lugar na Billboard em 1981.

Ao repaginar as canções de seus ídolos oitentistas, Inara e Kurstin dão um novo frescor às composições sem alterá-las radicalmente. Com arranjos bastante fiéis aos criados por Hall & Oates, o duo não desvia o foco para suas próprias performances, comprovando ainda mais a qualidade das canções originais. (JG)

Livro 1

Gonzos e Parafusos

Paula Parisot. Leya, 172 págs., R$ 34,90. Romance.

Isabela, a personagem-narradora deste romance de estreia da carioca Paula Parisot (autora do livro de contos A Dama da Solidão, de 2007), é uma psicanalista que, ironicamente, debate-se com questionamentos pessoais que a lançam à beira da esquizofrenia. Costuma ver refletida no espelho a figura da "Baronesa Elisabeth Bachofen-Echt", retrato de Klimt, seu artista predileto. Mas, às vezes, imagina em seu lugar uma presença bem menos digna: o rosto pálido da "Menina de Cabelo Negro Nua em Pé", de Egon Schiele. São formas radicais de lidar com a tragédia do dia-a-dia: a solidão, o estilo de vida regrado e, muitas vezes, tedioso, e a vida sentimental insatisfatória. Ao mesmo tempo em que convive com a rotina sufocante, a que todos estamos destinados, Isabela revê o próprio passado com desapego suicida em uma narrativa, ao mesmo tempo, violenta e delicada. (AV)

Livro 2

Como Treinar o Seu Dragão

Cressida Cowell. intrinsica. 224 págs., R$ 19,90. Infanto-juvenil.

Talvez esse seja o caso de um livro que não é tão bom quanto o filme – o carisma dos personagens na animação Como Treinar o Seu Dragão é difícil de superar. Mas o romance de Cressida Cowell é muito simpático e repleto de desenhos toscos – são as ilustrações feitas por Soluço, o menino viking que não consegue matar dragões, ao contrário de todos os outros integrantes de sua vila. As brincadeiras sugeridas por Cressida começam já na capa, sugerindo que o autor da obra é, na verdade, o próprio Soluço Spantosicus Strondus III, enquanto Cressida é responsável pela "tradução do antigo norueguês". Há algumas diferenças entre os personagens do livro e os do filme – Bocão, o treinador dos jovens, por exemplo, não tem perda de pau e braço mecânico na versão literária. Discrepâncias à parte, a leitura pode ser divertida, ainda mais quando surgem os dragões na história. (IBN)

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