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Exposição(im)permanências – José Antonio de LimaCasa Andrade Mucicy (Al. Dr. Muricy, 915 – Centro), (41) 3321-4798. De terça a sexta-feira, das 10 às 19 horas. Sábados, domingos e feriados, das 10 às 16 horas. Até 9 de setembro. Entrada franca.

Com curadoria do crítico Fernando Bini, a exposição (im)permanências, do artista José Antonio de Lima, que ocupa todo o andar térreo da Casa Andrade Muricy, é um convite para quem gosta de apreciar arte contemporânea. Natural de Sacramento, Minas Gerais, Lima vive no Paraná desde os nove anos de idade, e é um dos artistas mais representativos do estado. Além das exposições em Curitiba, em outras capitais brasileiras e cidades do interior, ele já participou de mostras em galerias da Finlândia, Suécia e Alemanha.

O alumínio é a obra-prima principal das obras da exposição, que foi realizada inteiramente com recursos da Lei Rouanet. A mistura de diversos materiais, como papel, arame e tecido, é algo que faz parte do trabalho de Lima. Entretanto, nessa montagem, chamam atenção as grandes esculturas que estão no espaço. Grande parte delas foram penduradas no teto do museu, o que ocasiona uma verdadeira ocupação do ambiente, possibilitando que o espectador dialogue – e se encante – pelo trabalho.

Preste atenção: nas peças feitas em alumínio, latão, cobre e ferro galvanizado. Há também algumas pinturas cuja base do quadro é a lona.

LivroCity Boy – Minha Vida em Nova YorkEdmund White. Tradução de José Rubens Siqueira. Editora Benvirá, 336 págs., R$ 34,90. Autobiografia.

Um dos grandes autores norte-americanos de sua geração, White, mergulha, nesta obra autobiográfica, na Nova York dos anos 1960, em plena efervescência da luta pelos direitos civis, da contracultra e da revolução sexual. Estudante da Universidade de Harvard, o então aspirante a escritor e jornalista mudou-se para Manhattan por causa de um grande amor. Lá, começou a atuar como crítico literário, dramaturgo e, por fim, romancista, mas também se tornou personagem de alguns dos episódios mais significativos da época: estava presente na Rebelião de Stonewall, em 1969, incidente que marcou o movimento gay nos Estados Unidos e, por consequência, no resto do mundo.

Por que ler? Hábil narrador, ao mesmo tempo afetivo e irônico, ele conta em detalhes seu cotidiano, desde acontecimentos mais pessoais e prosaicos até seu convívio com figuras-chaves da época, como Vladimir Nabokov, Elizabeth Bishop, William Burroughs, Susan Sontag e Jasper Johns.

CD 1Just Tell Me That You Want Me – A Tribute to Fleetwood MacVários artistas. Hear Music. Importado. US$ 10. Rock.

Lançado há duas semanas no exterior, o tributo Just Tell Me That You Want Me celebra a fase maisntream do extinto grupo Fleetwood Mac reunindo alguns dos nomes mais significativos do indie rock atual. Alguns optaram por manter os arranjos originais das canções, apenas acrescentando elementos de sua própria sonoridade, como a dupla Lee Ranaldo (Sonic Youth) e J. Mascis (Dinosaur Jr.) na instrumental "Albatross", cuja releitura ganha em qualidade sônica. O duo Best Coast insere sua típica melodia surf pop em "Rhiannon", enquanto que o combo canadense The New Pornographers deixa a roqueira "Think About Me" ainda mais divertida. O mesmo fazem os australianos do Tame Impala em "That’s All for Everyone", aqui, mais psicodélica.

Preste atenção: nas belíssimas "Landslide", interpretada por Antony Hegarty (do grupo Antony and the Johnsons) e "Silver Springs", com os vocais marcantes da cantora sueca Likke Li. Imperdíveis são também as releituras eletrônicas para "Gold Dust Woman" (Karen Elson), "Straight Back" (Washed Out), "Tusk" (The Crystal Ark) e "Future Games" (MGMT).

CD 2HarakiriSerj Tankian. Warner Music. R$ 34,90. Rock.

Vocalista do grupo de rock alternativo System of a Down, o libanês de origem armênia Serj Tankian tem uma sólida carreira como um dos mais carismáticos e engajados rockstars da atualidade. Seu novo disco solo, Harakiri, reimprime a força de sua voz característica em melodias que, diferentemente de seu grupo principal, preocupam-se muito mais em servir de apoio aos vocais. Mais leve e mais "punk" que os álbuns do System of a Down, Harakiri apresenta canções cativantes que exploram mais a extensão vocal do artista do que sua capacidade de fazer barulho, como no primeiro disco da banda.

Por que ouvir? A faixa que dá título ao álbum foi considerada uma das melhores do ano pelo site especializado Loudwire. "Harakiri" apresenta outra grande qualidade de Tankian, que é a capacidade de fazer letras que transitam entre o poético e o concreto, abrangendo política, como em "Uneducated Democracy" e "Occupied Tears", e temas estranhos e abstratos, como em "Cornucopia" e "Ching Chime".

InfantilO JornalPatricia Auerbach. Brinque-Book, 32 págs., R$ 26.

Aquele momento em que o pai está folheando os periódicos e seu filho anseia por um pouquinho de atenção foi fantasiado pela ilustradora Patricia Auerbach em O Jornal. O livro infantil é feito só de desenhos, mas traz textos "escondidos" nas manchetes que o menino olha primeiro com raiva e desconfiança, e depois transforma em veículos para sua imaginação. "Garoto viaja pelo mundo sem sair de casa." "Cientistas e historiadores se unem na busca pelo cavaleiro desconhecido." "Menino é visto pilotando caça japonês no mar da Turquia." São algumas das mensagens relacionadas às aventuras por que ele irá passar, surfando, navegando, pilotando, visitando ilhas desertas. Na contracapa, a autora mata a charada com três frases. "Por que meu pai não larga o jornal? O que ele tem de tão especial? Acho que encontrei a resposta! O único senão são alguns traços fora de perspectiva, que deixam a dúvida: seriam intencionais ou passaram batidos?

Preste atenção: é comovente imaginar que um ciúme de criança possa se transformar em descobertas e alegrias por meio do espírito aventureiro.

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