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DVDO Quarteto(Quartet, Reino Unido/2012). Direção de Dustin Hoffman. Com Maggie Smith, Billy Connolly, Tom Courtenay e Pauline Collins. Diamond Films Brasil. 98 min. Classificação indicativa: 12 anos. Apenas para locação.

Neste longa-metragem, que marca a estreia como diretor do ator Dustin Hoffman, duas vezes vencedor do Oscar, Wilf (Billy Connolly), Reggie (Tom Courtenay) e Cissy (Pauline Collins) vivem em um asilo para músicos e cantores de ópera aposentados. No lar, todos os anos os residentes fazem um concerto com o objetivo de levantar recursos para a manutenção da instituição. A rotina do lugar se altera quando a diva Jean Horton (Maggie Smith), grande estrela do canto lírico, se muda. Ela é ex-esposa de Reggie, com quem rompeu relações no passado, deixando um rastro de mágoa jamais resolvido pelo casal. Agora terão de conviver.

Por que assistir? Hoffman, mesmo sem ousar muito na direção, se esmera na condução do excelente elenco que tem nas mãos. Na linha do sucesso O Exótico Hotel Marigold, O Quarteto fala de idosos sem transformá-los em vítimas, os colocando como protagonistas de histórias que envolvem o amor e a vontade de viver. (PC)

CD1MGMTMGMT. Columbia. R$ 24,90. Indie rock.

A dupla norte-americana de pop psicodélico MGMT, duo formado em 2005 no Brooklyn, em Nova York, está menos "festiva" no terceiro álbum, MGMT, lançado três anos após o festejado Congratulations, que teve muita influência da música brasileira e participações especiais, como Zé Ramalho e Zeca Baleiro. Neste terceiro trabalho, gravado nos últimos dois anos com o produtor Dave Fridmann (Flaming Lips e Tame Impala), que já havia atuado com eles nos dois álbuns anteriores, o som está um pouco sombrio e mais psicodélico do que nunca. O disco é bastante experimental e as faixas, em sua maioria, longas e com muitas distorções de guitarra (algumas músicas, como "Astro Mancy" têm cinco minutos). Com exceção de "Your Life Is a Lie", que até pode ganhar algum espaço nas pistas de dança indies, não há nenhuma música mais "animada", ao contrários dos outros álbuns. O que não é um ponto negativo, pois mostra que a dupla teve a intenção de buscar novos caminhos e fazer algo introspectivo.

Preste atenção: Na primeira canção do álbum, "Alien Days", que abre muito bem o trabalho e dá o tom do disco, mostrando o quanto a dupla não se apegou a fórmulas que são garantias de aceitação. (IR)

TeatroO Doente ImaginárioTeatro Regina Vogue – Shopping Estação (Av. Sete de Setembro, 2.775), (41) 2101-8293. Hoje, às 19 horas. R$ 60 e R$ 30. Classificação indicativa: livre.

Uma das peças mais tradicionais de Molière ganhou essa versão com os atores Élcio Romar e Gláucia Rodrigues e direção de Jacqueline Laurence. O espetáculo faz sua última sessão em Curitiba hoje, no Teatro Regina Vogue.

A tradução – fator fundamental para garantir a funcionalidade e sonoridade das tiradas cômicas – é de João Bethencourt, especialista no assunto. A Limite 151 Cia. Artística, por sua vez, vem investigando o trabalho do dramaturgo francês, morto em 1673.

Na trama de O Doente Imaginário, o hipocondríaco Argan quer que a filha Angélica se case com um rico e avaro burguês (o tipo mais comum nas comédias do autor), médico, mas a garota prefere apaixonar-se pelo romântico Cleanto. As consultas gratuitas desejadas pelo pai ficam assim em risco. O histrionismo do personagem, que passa um bom tempo na cama, é o ponto alto da comédia.

Saiba mais: Uma curiosidade interessante é que essa foi a última peça escrita e interpretada pelo próprio Molière, que sofreu um colapso em pleno palco e morreu logo depois. (HC)

LivroOs Últimos Quartetos de BeethovenLuis Fernando Verissimo. Objetiva, 162 págs., R$ 25. Contos.

São 10 textos assinados por Luis Fernando Verissimo e apresentados como contos. Estão mais para crônicas, na mesma família daquelas que Verissimo publica em jornais brasileiros, inclusive aqui, na Gazeta do Povo, nas quartas-feiras e domingos. Diferenciam-se dos textos para periódicos, é verdade, mas precisariam de mais elaboração para migrarem definitivamente à categoria de contos. São textos que provavelmente ele não publicaria em jornal devido à extensão, à temática ou ao vocabulário. Verissimo é um ótimo contador de histórias e revela-se criativo nas narrativas que cria. O que lhe falta é se soltar mais, ousar mais.

Preste atenção: "A Mancha" é o melhor momento do livro, no qual Verissimo dosa com equilíbrio seu tom naturalmente controlado e a tensão subjacente na história do ex-militante político, que se depara por acaso com o local onde foi torturado no início dos anos 70. (MS)

CD 2Nem Revi Nem LaiteMarco André. Independente/Tratore (distribuição). R$ 23,90. Regional.

Sucesso de crítica no Sudeste com os discos Amazônia Groove (2004) e Beat Iú, que já exploravam a modernização da música nortista, o belenense Marco André brinca com o frenesi cult que incensa a cena do Pará em seu novo disco, Nem Revi Nem Laite.

"Tô nas pick ups dos DJs fodões/ Pirei os descolados e quem tá fora do eixo/ Quem vota agora no Marcelo Freixo/ Mas o meu bolso vive de ilusões", canta o músico – radicado no Rio de Janeiro desde 1985 –, na faixa "O Bullying do Brega", que abre o disco.

A ironia e o humor marcam todo o álbum ao lado de elementos da música do Pará: as bases rítmicas e efeitos eletrônicos do tecnobrega dão o tom da faixa "Só Risos", que tem um pé no frevo; a influência do Caribe embala "Rumbero Tecnoloco"; "Egotrip" é conduzida pela guitarrada.

Preste atenção: na qualidade das composições, arranjos e dos timbres usados por Marco André, que assina a produção do disco com Alex Moreira, do grupo Bossacucanova. (RRC)

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