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EXPOSIÇÃO As Dores da Colômbia. Obras de Fernando Botero.

Museu Oscar Niemeyer (R. Mal. Hermes, 999), (41) 3350-4400. De terça-feira a domingo, das 10 às 18 horas. R$ 4 e R$ 2 (meia). Entrada gratuita para estudantes, crianças menores de 12 anos e idosos e no primeiro domingo de cada mês. Até 14 de agosto.

Para muita gente será um choque se deparar com as tradicionais figuras roliças de Fernando Botero tomando tiros, sendo sequestradas ou chorando no túmulo de parentes. São cenas (infelizmente) corriqueiras da dura realidade enfrentada pela Colômbia que o artista decidiu retratar em aquarelas e óleos sobre telas, produzidas entre 1999 e 2003, como uma forma de repúdio e para alertar o mundo sobre a violência causada pelas guerrilhas de narcotraficantes que assolam seu país.

Por que ver? Na mostra de 67 obras doadas por Botero para o Museu Nacional da Colômbia persistem as cores fortes e as figuras arredondadas em situações inusitadas de desespero e fragilidade. O artista abusa da ironia e do humor negro com o claro objetivo de denunciar uma realidade local que, assim como o nazismo ou os maus-tratos aos prisioneiros de Abu Ghraib, no Iraque (que também foram retratados em suas pinturas), deve ser combatida mundialmente para evitar sua repetição em outros contextos. (AV)

Blu-ray

Conta Comigo – Edição Comemorativa de 25 Anos.

Estados Unidos, 1986. Direção de Rob Reiner. Sony Pictures. Preço médio: R$ 59,90. Aventura.

Baseado em uma obra de Ste­phen King (The Body), mais conhecido por suas histórias de terror mas também um autor interessante quando se arrisca em outros gêneros, Conta Comigo chega aos seus 25 anos já com jeitão de clássico. E acaba de ganhar uma bela versão comemorativa de 25 anos em formato Blu-ray.

Numa pequena cidade no estado florestal do Oregon, estado do Noroesta dos EUA, quatro amigos – o vulnerável Gordie (Will Wheaton), o contido Chris (River Phoenix), o valente Teddy (Corey Feldman) e o medroso Vern (Jerry O´ Connell) – saem juntos numa grande aventura: procurar o corpo de um adolescente desaparecido na região. Sonhando virar heróis, eles partem numa viagem de dois dias, que se revela uma odisséia de autoconhecimento e amadurecimento.

Por que é imperdível? A direção sensível de Rob Reiner (de Harry & Sally – Feitos Um para o Outro) faz de Conta Comigo um dos filmes mais tocantes já feitos sobre a passagem da infância para a adolescência, e a inevitável perda da inocência. (PC)

HQ

Na Colônia Penal

Franz Kafka. Adaptação de Sylvain Ricard. Ilustrações de Maël. Tradução de Carol Bensimon. Quadrinhos na Cia., 56 págs.. R$33. Graphic Novel.

Adaptar o universo surreal do escritor checo Franz Kafka não é tarefa das mais fáceis, mas o francês Sylvain Ricard foi excepcionalmente bem sucedido nesta adaptação de Na Colônia Penal, um de seus livros mais aterrorizantes. Em parceria com o ilustrador Maël, Ricard explorou a força narrativa de Kafka com quadros que nada dizem. E colocou peso em cada linha do diálogo entre um turista estrangeiro e um capitão responsável por dar cabo a uma execução arcaica e cruel por meio de uma máquina que escreve a sentença com agulhas no corpo do prisioneiro até que este morra, esvaído em dor e sangue.

Note: O trabalho pesado ficou por conta de Maël, que deu forma à máquina penal pensada por Kafka. Com traços sujos e ágeis, ele constrói silhuetas estranhas – ossudas e rígidas – e reproduz, com o uso das cores, o clima calorento e ermo do local onde se passa a história. O sucesso do resultado da graphic novel Na Colônia Penal é ainda mais impressionante dado ao diletantismo de Ricard, que é biólogo molecular e trabalha com o genoma humano há quase 20 anos. (YA)

SiteShinichi Maruyama

www.shinichimaruyama.com

O artista japonês, nascido em Nagano, em 1968, consegue fazer "esculturas" com água e tinta usando uma câmera Phase One P45, que fotografa os movimentos em alta velocidade. Maruyama começou a fotografar em um terreno montanhoso perto de sua casa, e se formou em Engenharia da Imagem. Em 1992, ele começou carreira comercial de fotógrafo e trabalhou para várias agências internacionais.

Fez estudos fotográficos no Tibete e mudou-se para Nova York em 2003, onde começou a trabalhar com uma série de fotografias abstratas feitas com tinta de caligrafia voando no ar, que tiveram uma recepção bastante positiva nas publicações especializadas.

Por que visitar? No site é possível ver as famosas esculturas de água de Maruyama, além das fotos de Gardens, que registram os movimentos de tintas. Ele garante que as obras, bastante coloridas, representam um "jardim zen" e que é possível eliminar os pensamentos negativos ao ver as imagens (IR)

CD

So Beautiful or So What

Paul Simon. Universal Music. R$ 24. Pop rock.

Lançado no início de abril no exterior, chegou esta semana às lojas brasileiras So Beautiful or So What, 12.º álbum solo do cantor e compositor norte-americano Paul Simon. Há cinco anos longe dos estúdios, Simon, desta vez, optou por um processo mais tradicional de composição: ao invés de construir as canções a partir de loops rítmicos, como vinha fazendo desde Graceland (1986), sentou com violão, papel e caneta até criar as novas canções.

Por que ouvir? O resultado, é um disco mais simples que os trabalhos recentes do músico, uma espécie de retomada do que ele fazia nos anos 70.

É assim, na afropop "Dazziling Blues", em que, ao som de tabla e percussão africana, o cantor versa sobre com maestria sobre os mistérios do amor: "talvez o amor seja um acidente, ou o destino seja verdade, mas eu e você nascemos sob uma estrela azul ofuscante". As experimentações sonoras continuam em "Re­­write", guiada por kora (harpa africana), tambor djembê e angklung (instrumento de bambu). Assim como as elucubrações sobre o amor: "é difícil ser grato quando se está fora de controle, e o amor se foi", declara na bela e tranquilizadora "Love & Hard Times". (JG)

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