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DVD

Invocação do Mal

(The Conjuring. Estados Unidos, 2013). Direção de James Wan. Com Patrick Wilson, Vera Farmiga e Lili Taylor. Warner. 111 min. Classificação indicativa: 14 anos. Locação e venda. Preço médio: R$ 39,90 (DVD) e R$ 69,90 (Blu-ray). Terror.

São raros os filmes de terror produzidos atualmente que conseguem ir além do excesso de efeitos especiais e da falta de originalidade nas tramas, que usam e abusam de violência, mas não conseguem criar uma atmosfera que seja, de fato, apavorante. Uma honrosa exceção na produção recente é Invocação do Mal, baseado em um caso verídico investigado nos anos 70 pelo famoso casal de pesquisadores de casos paranormais Lorraine (Vera Farmiga, de Amor sem Escalas) e Ed Warren (Patrick Wilson, de Jovens Adultos). Eles são chamados para ajudar uma família que se muda para uma casa numa pequena cidade do interior, onde estranhos acontecimentos começam a ocorrer, possivelmente em decorrência da presença de uma entidade demoníaca.

Por que assistir? Ao contrário da maior parte das produções de hoje em dia, o filme do malasiano James Wan, diretor do primeiro longa da franquia Jogos Mortais, cria, sequência a sequência, um clima crescente de tensão, sem desperdiçar sustos, que quando acontecem, realmente apavoram. (PC)

CD 1

Live at the Cellar Door

Neil Young. Reprise Records. Importado. Preço médio: US$ 14. Folk.

O final de 1970 foi um período de transição na vida e na carreira de Neil Young, então com apenas 25 anos de idade: no verão daquele ano ele havia lançado seu terceiro disco solo, After the Gold Rush, que emplacou alguns hits, mas foi mal-recebido pela crítica da época, isso pouco tempo depois de ele ter abandonado pela primeira vez a formação Crosby, Stills, Nash & Young.

O recém-lançado Live at the Cellar Door retrata exatamente essa fase. Volume 2.5 da Performance Series – parte de registros ao vivo que integra o projeto de lançamentos de gravações inéditas Neil Young Archives – o álbum reúne treze canções interpretadas por Young ao violão e ao piano, registradas durante seis apresentações do músico no Cellar Door, em Washington, nos Estados Unidos, para uma plateia de cerca de 200 pessoas.

Por que ouvir? ...Cellar Door não é muito diferente de gravações do mesmo período já lançadas pela série Archives, como Sugar Mountain: Live at Canterbury House 1968, de 2008. Mesmo assim, a vulnerabilidade e a intimidade das gravações aqui reunidas são fascinantes. Vale a pena pela rara versão de "Cinnamon Girl" ao piano e pelas belíssimas "Expecting to Fly" e "Flying on the Ground Is Wrong", esta última, com direito a uma confissão de Young entre risos: "Esta música é sobre maconha". (JG)

CD 2

Estado de Nuvem

Bruno Souto. Independente. R$ 22. Pop. O disco pode ser encomendado pelo site www.brunosouto.com.

Veterano na cena musical independente do país, o pernambucano Bruno Souto lança agora seu primeiro trabalho solo. Estado de Nuvem traz referências à música brega, que tomou conta das rádios AM nos anos 1970 e 1980, com toques de synth pop, soul, rock, reggae e MPB.

Vocalista da banda Volver, Souto reuniu no álbum dez canções compostas nos últimos anos que capturam suas impressões sobre um cotidiano de incertezas afetivas e existenciais.

Preste atenção: na melancolia de "Se Você Quiser", no estilo retrô de "Estado de Nuvem", no flerte com Odair José em "Dentro", na soul music brasileira de "Aurora" e no clima de praia de "Eu e o Verão".

O disco tem participações de Fabio Góes, Guizado, Regis Damasceno, Luz Marina e Julia Valiengo. O álbum foi produzido por Regis Damasceno (Cidadão Instigado e Marcelo Jeneci) e pelo próprio Bruno Souto. (RMM)

DVD

Carta de Amor

Maria Bethânia. Biscoito Fino. R$ 39,90. MPB.

O show da turnê Carta de Amor, de Maria Bethânia, que passou por Curitiba em abril deste ano, ganhou DVD e dois CDs – um para cada ato da apresentação. O ponto de partida do repertório é o último disco da cantora, homônimo, lançado em 2012. Estão no DVD "Casablanca", "Barulho", "O Velho Francisco", "Salmo" e "Carta de Amor", misturadas a interpretações novas como "A Casa É Sua", de Arnaldo Antunes, e "Em Estado de Poesia", inédita de Chico César, além de canções tradicionais do repertório de Bethânia, como "O Que É, O Que É", de Gonzaguinha. O show foi gravado em abril deste ano no Rio de Janeiro sob direção de Bia Lessa.

Preste atenção: na bela cenografia minimalista e poética do show, que resultou em um DVD de apelo visual sofisticado. Cenário que ganha e imprime força às interpretações sempre grandiosas de Bethânia. (RRC)

CD 3

Ekundayo

Vários artistas. Selo Sesc. R$ 20. Disponível em www.sescsp.org.br/loja. Hip-hop.

Este é um daqueles produtos culturais frutos da mistura. O hip-hop se uniu ao jazz, como em outras experiências semelhantes e bem-sucedidas, para criar um híbrido inovador e instigante.

O álbum Ekundayo nasceu do encontro de culturas, quando os músicos brasileiros Rodrigo Brandão, Maurício Takara e Guilherme Granado cruzaram caminhos com o produtor norte-americano Scotty Hard. Entraram na conversa ainda o artista de hip-hop dos EUA Mike Ladd e Rob Mazurek, da cena de Chicago. No Brasil, o São Paulo Underground de Mazurek, Takara e Granado convidou ainda Rodrigo e Lurdez da Luz e o percussionista brasileiro Naná Vasconcelos. O nome do disco, que significa "alegria que vem da tristeza", tem relação com um acidente sofrido por Scotty, que o deixou numa cadeira de rodas.

O som: As faixas resultantes dessa união têm muito da música brasileira, em canções como "Just Love", em que ouvem-se triângulos locais. Há também muito do hip-hop norte-americano, como em "Macumbeiro Então...", que, apesar do tema tocante à cultura afrodescendente brasileira e da letra que cita São Paulo, tem uma batida que remete a ícones do estilo, como Beastie Boys. (HC)

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