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Exposição

Abraham Palatnik – A Reinvenção da Pintura

Museu Oscar Niemeyer (R. Marechal Hermes, 999, Centro Cívico), (41) 3350-4400. Visitação de terça-feira a domingo, das 10h às 18 horas. Até 22 de junho.

Ele fugiu do campo tradicional da pintura e se tornou o pioneiro da arte cinética no Brasil, com obras que utilizam o som, a luz e o tempo como matéria-prima. Essa é uma breve definição da obra do artista Abraham Palatnik. Nascido em Natal em 1928, Palatnik viveu duas décadas em Israel, e, ao retornar ao país, conheceu a psiquiatra Nise da Silveira, que trabalhou a cura mental por meio da arte. O encontro foi uma guinada na carreira de Palatnik que, até então, se dedicava à pintura tradicional. Ao ver os ótimos trabalhos dos pacientes de Nise, que não tinham nenhum conhecimento técnico, ele resolveu mudar. Uniu seus estudos sobre motores de explosão (que realizou em Israel) com a arte, e criou os chamados aparelhos cinecromáticos, que formam "telas de luz". Esse conjunto de obras pode ser visto no Museu Oscar Niemeyer, que abriga atualmente uma retrospectiva do seu trabalho. Aos 85 anos, Palatnik é um dos artistas brasileiros mais valorizados no mercado internacional, e vive no Rio de Janeiro.

Preste atenção: nas pinturas tradicionais do artista (da década de 1940), feitas em papel-cartão e madeira jacarandá, e no conjunto de ferramentas que ele usa em seu ateliê. (IR)

Internet

Vigor Mortis

http://vimeo.com/vigormortis Canal da companhia teatral curitibana. Vídeos.

Com pouca margem de erro, é possível classificar a companhia curitibana Vigor Mortis como aquela que melhor se divulga na cidade. Pudera, com 15 anos de estrada, o grupo tem uma habilidade incomum para fazer fãs. Além do boca a boca, a trupe do terror – sua especialidade – mantém um canal no portal de internet Vimeo pelo qual é possível se atualizar sobre as temporadas (algo que nem sempre acontece em outros sites) mas, principalmente, assistir a gravações completas de espetáculos anteriores. Você certamente estará dizendo: "Não é a mesma coisa! Teatro tem que ser ao vivo!" Ok, certamente o ideal é conferir a produção tal qual foi concebida, para o palco. Mas interessados na estética do sangue promovida pela Vigor têm uma mão na roda virtual para acompanhar o trabalho do grupo, já que nem sempre é possível comparecer a todos os eventos da cidade.

O que tem lá: O canal da Vigor no Vimeo disponibiliza 103 vídeos, entre teaser promocionais, mensagens e peças completas. Dessas, é possível assistir ao hit Morgue Story: Sangue, Baiacu e Quadrinhos; Debutante Sangrenta(apresentada no Rio de Janeiro somente); capítulos da série Cena HQ, de leitura dramática de quadrinhos selecionados, entre outros espetáculos. (HC)

CD 1

Ace

Huey. Independente/Sinewave. Download gratuito em sinewave.com.br. Metal/Instrumental.

Huey é um quinteto paulistano de três guitarras, baixo e bateria formado em 2010 que faz rock instrumental com influências que vão do heavy metal dos anos 1970 ao stoner rock de bandas como o Queens of the Stone Age. Em suma, rock pesado, cru e divertido e mesmo para os pouco chegados em metal, já que não soa tão identificado a um gênero graças à ausência de vocais. O primeiro álbum do grupo, Ace, lançado há alguns dias, registra esse espírito em sete faixas que, gravadas ao vivo, ganham em organicidade e vigor, e dão uma ideia da força que a banda deve ter ao vivo.

Preste atenção: O som do grupo lança mão de bastante peso, crueza e riffs bem familiares, mas também conta com uma construção cuidadosa e inventiva, com espaço para cada instrumento se alternar no protagonismo dos temas. Faixas como "Samuel Burns" apresentam contrastes interessantes, passando por climas mais próximos do pós-rock. (RRC)

CD 2

Nazareth Revisitado

João Carlos de Assis Brasil. Tratore. R$ 29,90. MPB.

O compositor Ernesto Nazareth (1863-1934) era um antropofágico tardio. Ao piano, valorizou a música genuinamente brasileira e jogou a semente do que viria a se tornar, décadas depois, o tradicional e conhecido chorinho.

Para comemorar seu sesquicentenário e relembrar os 80 anos de sua morte, o pianista João Carlos Brasil, ao lado de Alaíde Costa e Carlos Navas, lança um CD em que relê com autoridade parte da obra do carioca, autor de mais de 200 composições.

No repertório, "Batuque", uma de suas canções mais famosas, tem suingue e leveza fielmente representados. Em duas suítes, Brasil mescla pérolas de Nazareth. Na primeira, surgem "Brejeiro", "Faceira" e "Apanhei-te, Cavaquinho". Na segunda, "Quebradinha", "Ouro sobre Azul", "Escovado", "Até Que Enfim" e "Atlântico". A pungente valsa "Coração que Sente" enriquece o disco, já que tem a quentura dos nossos dias.

Preste atenção: "Odeon", parceria com Vinicius de Moraes, é interpretada com candura por Carlos Navas, também à frente de "Bambino". Em "Sertaneja", parceria com Catulo da Paixão Cearense, a letra encontra a voz atemporal de Alaíde. (CC)

CD/DVD

High Hopes

Bruce Springsteen. Sony Music. Preço médio: R$ 35,90. Rock.

O 18.º álbum de Bruce Springsteen reafirma o que ele mostrou ao vivo no Brasil, sobretudo em sua já histórica apresentação no Rock in Rio: The Boss, como o artista norte-americano é conhecido em casa, vive hoje senão o ápice, certamente um dos pontos altos de sua carreira, tanto como compositor quanto como performer. High Hopes combina de forma explosiva todas as matrizes da música de Springsteen – rock, soul, folk e country se fundem em grandes canções que tratam de temas sociais e políticos, como a crise econômica, o desemprego e a vulnerabilidade dos Estados Unidos desde o 11 de Setembro de 2001, mas também questões existenciais, como o passar do tempo, o envelhecimento e o amor. Acompanhado de sua poderosa banda, a E Street, agora com a luxuosa participação do guitarrista Tom Morello, o astro faz seu melhor disco na última década.

E tem mais: A edição especial de High Hopes traz como bônus o show ao vivo de Springsteen em que ele canta todo o lendário álbum Born in the USA, de 1984. (PC)

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