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Control: ator inglês Sam Riley surpreende ao interpretar Ian Curtis, vocalista da banda Joy Division | Divulgação
Control: ator inglês Sam Riley surpreende ao interpretar Ian Curtis, vocalista da banda Joy Division| Foto: Divulgação

DVD 1

O Veredito

Estados Unidos, 1982. Drama. Direção de Sidney Lumet. Fox. Classificação indicativa: 12 anos. Preço médio: R$ 29,90.

A segura e competente direção de Sidney Lumet e o roteiro preciso do então novato David Mamet (baseado em livro de Barry Reed) fazem de O Veredito (1982) um dos melhores dramas de tribunal da história do cinema americano. Por isso, só há motivos para festejar o lançamento no Brasil desta edição especial dupla em comemoração aos 25 anos do longa-metragem.

Lumet, que já havia realizado outro clássico do gênero, o excelente 12 Homens e Uma Sentença (1957), desta vez centra no drama pessoal de um advogado decadente e alcóolatra em busca de redenção, vivido pelo grande Paul Newman (1925-2008), que recebeu sua sétima indicação ao Oscar por uma atuação irrepreensível.

DVD 2

Control (foto 1)

Inglaterra/Estados Unidos, 2007. Drama. Daylight Films. Classificação indicativa: 16 anos. Apenas para locação.

Após curta passagem por apenas uma sala de exibição curitibana, chega às locadoras em formato DVD o longa-metragem Control, cinebiografia de Ian Curtis, vocalista da banda de pós-punk Joy Division.

Baseado na biografia Touching from a Distance (esgotada no Brasil), escrita pela viúva de Curtis, Deborah, o filme narra os principais momentos da curta trajetória do vocalista: seu casamento, aos 18 anos; sua entrada para o Joy Division; o nascimento de sua filha, Natalie; a descoberta da epilepsia; o caso extraconjugal com a jornalista belga Annik Honoré; até seu trágico fim, quando se matou por enforcamento, aos 23 anos.

Primeiro filme dirigido pelo holandês Anton Corbijn – conhecido por videoclipes de bandas como Depeche Mode e U2 – Control, todo em preto-e-branco, abusa do contraste e das tristes paisagens industriais do interior da Inglaterra para recriar a angústia e a solidão que atormentavam Curtis e que vieram a inspirar suas canções (e, consequentemente, seu suicídio). Retrato honesto e fiel de um dos principais ícones do rock moderno.

CD

Slumdog Millionaire (foto 2)

Trilha sonora original do filme Quem Quer Ser Um Milionário?. Interscope Records. Importado. Preço médio: US$ 11.

Allah Rakkha Rahman, autor da trilha sonora de Quem Quer Ser Um Milionário?, é um fanômeno na Índia e no Oriente. Um dos compositores mais requisitados por Bollywood – como é chamada a indústria cinematográfica sediada em Mumbai –, ele já vendeu 100 milhões de discos e 200 milhões de fitas cassete com suas criações musicais para a tela grande. Não à toa foi chamado pela revista Time de o "Mozart de Madras".

Com o sucesso de público e de crítica do longa-metragem do britânico Danny Boyle, favorito ao Oscar de melhor filme, Rahman agora conquista o Ocidente: a contagiante e original trilha de Slumdog Millionaire ganhou o Globo de Ouro e está indicada ao prêmio da academia, assim como duas de suas canções, "O... Saya" e "Jai Ho". A primeira tem participação vocal da popstar paquistanesa M.I.A., cujo hit internacional "Paper Planes" também integra o CD de Quem Quer Ser Um Milionário?. Já na parada da Billboard, é uma das boas surpresas musicais deste início de ano.

Livro 1

O Bom Soldado

Ford Madox Ford. Alfaguara/Objetiva, 240 págs., R$ 34,90. Romance.

O londrino Ford Madox Ford (1873-1929) é um dos nomes mais importantes da literatura em língua inglesa na primeira metade do século passado. Contemporâneo dos norte-americanos Hemingway e Fitzgerald, ele era próximo de Joseph Conrad (1857-1924), o autor de O Coração das Trevas, com quem chegou a escrever obras a quatro mãos. Na carta dedicatória que escreveu para sua mulher Stella, Ford conta que, aos 40 anos e sem nunca ter produzido nenhuma obra de importância, decidiu ver do que era capaz. O resultado foi O Bom Soldado, romance que ousa na forma e foi um moderno antes do modernismo. Para contar a história da amizade entre dois casais – um deles muito ligado a aparências –, o autor opta por assumir o ponto de vista de um dos envolvidos. À medida que a narrativa avança, o leitor acumula motivos para suspeitar do narrador e de outros personagens.

Livro 2

O Amor É Fogo

Nora Ephron. Rocco, 192 págs., R$ 26. Romance.

Jornalista nova-iorquina que fez carreira como roteirista, Nora Ephron é autora de Meu Pescoço É um Horror, compilação de textos de não-ficção. No cinema, escreveu Harry e Sally – Feitos um para o Outro e Sintonia de Amor, entre outros. Agora, a Rocco publica o romance O Amor É Fogo, de 1983. A história já virou filme – A Difícil Arte de Amar, com Meryl Streep e Jack Nicholson – e fala de uma mulher grávida do segundo filho que descobre que o marido tem uma amante. Ele é um jornalista importante em Washington e confessa para ela que só está esperando o bebê nascer para pedir a separação e assumir a relação com a amante. O livro foi a forma que Nora achou de lidar com a própria separação em circunstâncias similares. Ela foi casada com o jornalista Carl Bernstein, um dos responsáveis por cobrir o escândalo de Watergate.

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