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CD 1

Vacilando Territory Blues (Foto 1)

J. Tillman. Bella Union. Importado. Preço médio: US$ 10.

Joshua, Josh, ou J. Tillman, baterista da banda Fleet Foxes, tem uma carreira como cantor e compositor que começou em 2003 e soma três discos. O mais recente deles, Vacilando Territory Blues, foi lançado nos EUA no final do mês passado e ainda é inédito no Brasil. À primeira audição, é evidente a maior influência de Tillman: Nick Drake (1948-1974). Cantor folk que morreu prematuramente e hoje influencia gente grande – como o pianista Brad Mehldau –, Drake aparece no clima soturno e no modo quase sussurrado de Tillman cantar. Habitante de Seattle, nos Estados Unidos, o músico cria canções que são verdadeiras viagens musicais. O disco novo pode ser ouvido na página do MySpace (www.myspace.com/jtillman) e tem a sua atmosfera estabelecida já na pequena introdução: "All You See". Com poucos segundos, usando cordas e vocais de fundo sutis, mostra que as composições de Tillman são do tipo que precisam ser ouvidas em silêncio, "com fones de ouvido sempre que possível", como pede no perfil do MySpace. Compondo sobre relações amorosas, ele canta, em "No Occasion", "Não vi nenhuma chance para arrependimento, ou orgulho, ou medo. Eu não quero ir embora de novo porque não quero que essa vida acabe". O violão somado ao piano e aos vocais de "Firstborn" são perfeitos para embalar uma melancolia agradável. O tom de todo o Vacilando Territory Blues é o das saudades de uma vida impossível.

DVD

Recontagem (Foto 2)

EUA, 2006. Direção de Jay Roach. Warner. Classificação indicativa: 14 anos. Preço médio: R$ 39,90.

Coproduzido por Sydney Pollack, que faleceu em 2008, este drama da HBO foi indicado aos Emmys (prêmio máximo da tevê americana) de direção de arte, elenco, atriz coadjuvante e roteiro. Ganhou os prêmios de montagem, melhor filme e direção (Jay Roach, mais conhecidos pelas comédias da série Austin Powers). Também venceu o Globo de Ouro de melhor atriz coadjuvante (para Laura Dern) e teve indicações de filme e atores, além de se destacar em outras premiações, como a do Sindicato dos Atores dos EUA.

O filme recorre ao humor e à ironia para contar a história real da recontagem de votos no estado Flórida, durante a eleição presidencial nos EUA, em 2000. Durante 36 dias, até que uma decisão da Corte Suprema desse o caso por encerrado, o mundo, estupefato, assistiu a uma verdadeira comédia de erros que teve como desfecho a eleição de George W. Bush.

Além do elenco, que traz à frente o premiado Kevin Spacey (de Beleza Americana), o grande destaque de Recontagem é o roteiro. Embora seja fiel aos fatos, o longa assume um tom claramente crítico em relação à manipulação exercida pela equipe republicana comandada pelo governador da Flórida, Jeb Bush, irmão mais novo do ex-presidente, durante o processo de apuração das cédulas de votação. O filme, no entanto, também não poupa os democratas, denunciando a ausência de liderança no partido e a falta de coragem do candidato Al Gore de ir até o fim.

Livro

A Estratégia Bancroft (Foto 3)

Robert Ludlum. Rocco, 576 págs., R$ 57,50. Romance.

Escritor que criou a trilogia Bourne – Identidade, Supremacia e Ultimato –, Robert Ludlum (1927-2001) se tornou uma marca literária. Na capa do livro mais recente a sair no Brasil, A Estratégia Bancroft, ao lado do nome dele aparece a sigla TM (trademark, marca registrada em inglês). Em três décadas como escritor profissional, Ludlum produziu 25 romances. Na maioria, thrillers que procuram devassar os bastidores do poder e investem em teorias conspiratórias – na sua época, o inimigo da vez era a União Soviética. Seus livros foram traduzidos para 32 idiomas e venderam mais de 200 milhões de exemplares. A Estratégia Bancroft tem como personagens os agentes Todd Belknap e Jared Rinehart, amigos que trabalham para o departamento clandestino Consular Operations, mantido pelo governo dos EUA. Belknap tem talento para rastrear traidores em fuga. Um dia, ele presencia o assassinato de um de seus alvos, Kaliu Ansari, um comerciante de armas influente, e é culpado pelo crime. Em seguida, Rinehart é sequestrado por uma organização misteriosa. Afastado do emprego, Belknap tenta descobrir o paradeiro do amigo e acaba enredado em uma série de intrigas internacionais. No cinema, o próximo projeto envolvendo a obra de Ludlum será O Círculo Matarese, dirigido por David Cronenberg, com Tom Cruise e Denzel Washington no elenco.

Livro 1

Seis Contos da Era do Jazz (Foto 4)

F. Scott Fitzgerald. José Olympio, 280 págs., R$ 35. Contos.

Em um momento oportuno, quando O Curioso Caso de Benjamin Button concorre a 13 estatuetas do Oscar 2009 – embora o favorito seja Quem Quer Ser um Milionário? –, a José Olympio publica uma reimpressão de Seis Contos da Era do Jazz, de F. Scott Fitzgerald (1896-1940). O volume colige o texto homônimo que serviu de ponto de partida para o filme de David Fincher, estrelado por Brad Pitt, e outros oito contos, incluindo "O Boa-vida" e "O Resíduo da Felicidade". A tradução é de Brenno Silveira, que escreve também um ótimo estudo introdutório, contextualizando a obra de Fitzgerald no cenário dos anos 1920 nos Estados Unidos. Era a época em que as pessoas queriam viver intensamente, sem imaginar que tudo acabaria na Depressão. A edição tem ainda uma apresentação da filha do autor, Frances Fitzgerald Lanahan.

CD2

Gotan Project Live (Foto 5)

Gotan Project. Álbum duplo. MCD. Preço médio: R$ 39,90

Chega ao Brasil Gotan Project Live, aguardada coletânea do grupo que iniciou o movimento de fusão da música eletrônica com o tango e conquistou o mundo. Com músicas gravadas ao vivo, o álbum duplo reúne temas das turnês La Revancha del Tango e Lunático. Entre os destaques está a clássica "Vuelvo al Sur" (primeiro single da formação) , de Fernando Solanas e Astor Piazzolla, além de três faixas inéditas.

O Gotan Project, embora tenha sua obra construída em torno do tango, está sediado em Paris e é multinacional: Philippe Cohen Solal (francês), Eduardo Makaroff (argentino) e Christoph H. Müller (suíço). O nome do trio vem do anagrama da palavra tango, que, ao trocar as sílabas, torna-se gotan.

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