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Exposição

Haruo Ohara – FotografiasMuseu Oscar Niemeyer (R. Mal. Hermes, 999), (41) 3350-4400. De terça a domingo, das 10 às 18 horas. R$ 4 (adultos), R$ 2 (estudantes), livre (crianças até 12 anos, maiores de 60 e escolas públicas pré-agendadas). Até 27 de março.

Subir pela Torre de Fotografia rumo ao Olho, no Museu Oscar Niemeyer, é como realizar uma viagem por uma Londrina eternizada de maneira quase mitológica pelas lentes delicadas do fotógrafo japonês Haruo Ohara (1909-1999), considerado um dos mais importantes do Brasil da segunda metade do século 20.

A exposição Haruo Ohara – Fotografias exibe 150 belíssimas imagens em preto e branco produzidas entre 1940 e 1970 pelo imigrante autodidata e doadas por sua família ao Instituto Moreira Salles em 2008, como parte de um acervo de cerca de 8.000 negativos em preto e branco, 10.000 negativos coloridos, álbuns e fotografias de época, equipamentos fotográficos e objetos pessoais.

Entre 1934 e 1999, Ohara produziu mais de 20.000 fotografias que se tornaram uma referência estética e histórica para a memória visual da cidade.

Por que ver: Haruo Ohara, que chegou ao Brasil aos 17 anos com a família, para trabalhar na terra – o que nunca deixou de fazer por toda a vida, preferindo ser chamado de lavrador e não de fotógrafo –, retrata de forma lírica a vida no campo, cenas familiares cotidianas, delicados retratos da esposa e curiosos autorretratos. Em uma segunda fase, as imagens abstratas são resultantes de um diálogo mais intenso com fotógrafos e da participação em fotoclubes. (AV)

DVD

Californication – 3ª Temporada(EUA, 2010). Direção de Tom Kapinos. Com David Duchovny, Evan Handler e Kathleen Turner. Comédia. Paramount Pictures. Classificação indicativa: 18 anos.

A série sobre um escritor de sucesso que vive à deriva entre mulheres que o adoram, mas que não consegue se reaproximar da mulher que ele adora, conseguiu reinventar a imagem de David Duchovny para o público. Muitos achavam que o ator não conseguiria se livrar do agente Fox Mulder, personagem da série Arquivo X. Mas ele conseguiu.

Hank Moody, o escritor em questão, é uma figura ao mesmo tempo carismática e desprezível graças a Duchovny, que o encarna como se estivesse tendo o melhor momento da sua vida. Ele parece mesmo se divertir com o papel.

Nesta terceira temporada, Hank deve pagar a conta por exageros cometidos. As relações confusas com as mulheres ficam ainda piores e a distância de Karen (Natascha McElhone), a mulher da sua vida, aumenta.

Por que ver: Entre os trunfos da série, que tem 12 episódios por temporada (a quarta acabou de estrear nos EUA), é transitar bem entre a comédia e a tragédia, criando momentos ótimos – como o jantar que reúne as quatro mulheres com quem está enrolado, ou o ressurgimento de Mia, a menor de idade que roubou seu livro na temporada anterior.

Os produtores, roteiristas e diretores têm também um bom gosto raro para diálogos, atores (Kathleen Turner, lembra dela?, está hilária) e trilha sonora (há uma sequência genial ao som de "Rocket Man", de Elton John). Californication é absurdo e divertido. (IBN)

CD

Living Proof Buddy Guy. Rock/ Blues. Sony. Preço médio: R$ 23.

"74 Years Young", faixa de abertura de Living Proof é certeira: Buddy Guy é um jovem de 74 anos, ainda em busca de novos sons e novas ideias. O início de cada década parece inspirar o músico. Basta ver e ouvir Stone Crazy (1981), Damn Right e I Got the Blues (1991) e Sweet Tea (2001). Já em seu mais novo disco, músicas como "Thank Me Someday" e "Everybody’s Got to Go" parecem fazê-lo meditar sobre seu passado glorioso.

Guy foi uma das principais influências para guitarristas indiscutíveis, como Jimi Hendrix, Eric Clapton e Stevie Ray Vaughan.

Com seu blues elétrico de Chi­­ca­­go, já recebeu o Prêmio do Século da revista Billboard por realização ar­­tística e a Medalha Presi­­den­­cial das Artes – além de ocupar o 30.º lugar no ran­­king da re­­vista Rolling Stone dos cem me­­lhores guitarristas de todos os tempos.

Por que ouvir: Apesar do nome Buddy Guy estar sempre associado ao blues, as músicas de Living Proof ilustram a amplitude de sua arte. Canções como "Much Too Soon" e a instrumental "Skanky" estrapolam qualquer gênero. Não perca também a "Stay Around a Little Longer", com participação especialíssima de B.B King. (CC)

DVD

The Big Four: Live from Sofia, BulgariaMetallica, Slayer, Megadeth e Anthrax. Universal Music. R$ 49,90. Heavy metal.

O dia 22 de junho de 2010 ficou marcado para sempre na história do heavy metal moderno e a prova concreta disso acaba de chegar às lojas brasileiras. Trata-se do DVD The Big Four: Live from Sofia, Bulgaria, registro do show que reuniu as quatro maiores bandas de metal pesado do mundo: Metallica, Slayer, Megadeth e Anthrax.

Promovido pelo festival Soni­­sphere, na Bulgária, a apresentação histórica foi presenciada por quase 100.000 fãs e transmitida ao vivo, via satélite, para 800 salas de cinema de todo o mundo (incluindo brasileiras, mas não curitibanas). Agora, o show chega ao mercado nacional em uma edição caprichada, com dois DVDs e um livreto com fotos dos bastidores e fichas técnicas de cada banda.

Os nova-iorquinos do Anthrax dão início à maratona sonora e o destaque do show fica por conta da empolgação do vocalista Joey Belladona, de volta à formação após 13 anos afastado. O grupo aproveita a ocasião para homenagear o vocalista Ronnie James Dio (morto um mês antes da apresentação, aos 67 anos) com a clássica "Heaven and Hell", de sua ex-banda, Black Sabbath.

Na sequência, o Megadeth leva ao palco o show comemorativo aos 20 anos do álbum Rust in Peace (1990), cuja turnê passou pelo Brasil no ano passado. Visivel­men­­te emocionado após quase levar o palco ao chão com canções como "Hangar 18" e "Symphony of Des­­truction", o vocalista Dave Mus­­taine chega a ficar de olhos marejados ao agradecer a multidão que os assiste ao redor do planeta.

O terceiro show da noite fica por conta da banda californiana Slayer, que aposta num repertório repleto de clássicos, entre eles, "Season in the Abyss", "War Ensemble, "South of Heaven", "Mandatory Suicide" e, por último, "Raining Blood".

Por que ver: O segundo DVD é inteiro dedicado ao Metallica e seu megashow, com direito a pirotecnias e fogos de artifício precedendo o hino "One". Um pouco antes do fim da apresentação, o vocalista James Hatfield chama ao palco todos os integrantes das outras três bandas e o "batalhão" faz um cover inesquecível de "Am I Evil", da banda inglesa Dia­mond Head. Uma confraternização de peso. (JG)

Livro

Cidades Latino-AmericanasMauricio Abreu (org.). Editora Casa da Palavra, 184 págs., R$ 35. História.

Cidades Latino-Americanas – Um Debate sobre a For­­ma­­ção de Núcleos Urbanos oferece ao leitor a possibilidade de entender como surgiram e evoluíram grandes centros urbanos brasileiros e latino-americanos. Cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Lima passaram por estágios de desenvolvimento e urbanização diferentes – marcadas, em grande parte, pela vontade colonizadora das coroas portuguesa e espanhola.

A obra, organizada por Fania Fridman e Mauricio Abreu, é uma coletânea de textos acadêmicos que analisam, explicam e desmitificam a historiografia oficial. Através do livro, chega-se à conclusão que muito do que se ensina nas escolas não retrata, de fato, com precisão alguns eventos históricos.

Um dos períodos desmitificados no livro diz respeito à escravatura no Brasil. Ao contrário do ditame oficial, existia em Salvador um número significativo de pessoas livres que se declaravam pretas ou pardas entre a população. Em 1775, a freguesia de São Pedro já contabilizava 33% dos lares chefiados por negros ou pardos – a escravidão no Brasil só terminou oficialmente em 1888.

Cidades Latino-ame­­ricanas é um livro que proporciona não apenas um resgate histórico da evolução urbana de algumas das principais cidades do continente. A obra aborda com coerência e pertinência uma realidade social, hoje, comprovada. Excelente fonte de pesquisa para estudantes, arquitetos, engenheiros, geógrafos, historiadores e administradores públicos; e uma leitura leve, corrente e proveitosa para qualquer viajante. (ACG)

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