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DVD

Os Pilares da Terra – Episódio 1

Alemanha/Reino Unidos, 2010. Direção de Sergio Mimica-Gezzan. Paramount. Classificação indicativa: 12 anos. Apenas para locação. Drama histórico.

A minissérie Os Pilares da Terra, indicada ao Globo de Ouro deste ano, é resultado de um feliz casamento entre a produtora alemã Tandem Communications e a Scott Free Productions, dos irmãos Ridley e Tony Scott. Ainda sem previsão para ser exibida no Brasil em canais de tevê paga, esta ótima adaptação do best seller de Ken Follet está chegando, aos poucos, às locadoras. O primeiro episódio, "Destruição do Templo", já está nas prateleiras.

Rodada na Hungria e na Áustria, a história se passa no século 12, no interior da Ingla­­terra, quando a Catedral de Kings­­­­bridge, a primeira igreja gótica da Grã-Bretanha, começou a ser construída. A trama se de­­senrola ao longo de quatro décadas na vida dos personagens envolvidos na construção, projeto que desencadeou crises políticas e religiosas, numa história de muitos amores, violência, tragédias e intrigas.

Preste atenção: com um orçamento de US$ 40 milhões, Os Pilares da Terra tem ótima direção de Sergio Mimica-Gezzan, que já assinou episódios de séries de sucesso, como Prison Break. No elenco, estão Ian McShane, da série western Deadwood, como um ambicioso e perverso bispo; Rufus Sewell, no papel do idealista arquiteto e construtor da catedral; e Matthew Mac­­Fadyen (de Orgulho e Precon­­cei­­to), como um frade cheio de fé que deseja ver a igreja de pé, como símbolo de seu amor a Deus. (PC)

CD 1Kaputt

Destroyer. Merge Records. Importado. Preço médio: US$ 15. Indie rock.

O músico canadense Daniel Bejar é uma figura ainda pouco conhecida por aqui. Talvez alguns saibam de sua existência devido à sua colaboração de longa data com a banda The New Pornographers, sua conterrânea. Mas o fato é que Bejar está na ativa desde os anos 90 e já lançou nove discos com sua banda, Destroyer – a formação não possui integrantes fixos além dele, mesmo assim, não se pode designá-la de projeto solo.

O mais recente ál­­bum, Kaputt, chegou às lojas estrangeiras há poucas semanas e, muito possivelmente, não será lançado no Brasil tão cedo (nenhum dos outros foi). Logo, se você é um desses "garimpeiros" de sonoridades incomuns, corra ao importador mais próximo e encomende Kaputt.

Preste atenção: O trabalho é composto por nove canções dominadas por uma miscelânea de texturas e timbres que proporcionam uma viagem climática de tirar o fôlego. Entre uma faixa e outra, é possível identificar semelhanças com um conjunto variado de artistas, que vai de Roxy Music e Sade, aos contemporâneos The Radio Dept. e Sebastien Tellier.

"Chinatown", faixa de abertura do disco, é uma canção pop perfeita, de melodia simples, vocal econômico, camadas de sintetizadores e surpreendentes solos de saxofone (que, aliás, permeiam todas as canções de Kaputt). O mesmo se repete na elegante "Blue Eyes" (com os belíssimos vocais de Sibel Thrasher), "Poor in Love" e "Kaputt" (vale a pena conferir também o surreal videoclipe da canção, disponível no YouTube). Uma experiência sonora sem precedentes. (JG)

CD 2

Chão Batido, Palco, Picadeiro

SaGRAMA. Biscoito Fino. Preço médio: R$29,90. MPB.

Manifestações da cultura popular embalados em música erudita é a proposta do grupo SaGrama, criado em 1995 no Conservatório Pernambucano de Música. Re­­co­­nhecido pela trilha sonora original do filme O Auto da Com­­pa­­de­­cida, de Guel Arraes, o conjunto tem seu sétimo disco relançado pela Bis­­coito Fino, e o álbum funciona co­­mo um panorama da música po­­pular da terra de Ariano Suassuna.

O "chão batido" representa as festas da zona rural de Pernam­­buco; o "palco" contempla a música criada a partir de motivos rítmicos e melódicos da região; e o "picadeiro" simboliza a passagem da música popular para algo mais elaborado.

Wagner Tiso e Yamandu Cos­­ta fazem participações especiais em um disco que surpreende pela ousadia e, ao mesmo tempo, pela naturalidade com que se apresenta. Há, por exemplo, a releitura do baião "Mundo da Lua", de Luiz Gonzaga e Hum­­berto Teixeira. Mas também "Morro do Galo", insinuante composição de Caçapa.

Ouça: "Porto da Saudade", de Alceu Valença. Com a releitura instrumental do SaGRAMA – metais e flautas comandam a melodia –, a música se revela um retrato lamurioso da Pa­­raíba. (CC)

Livro

Aqui Dentro Há um Longe Imenso

Editora Saraiva, 102 págs., R$ 27,50. Infantojuvenil.

Durante um ano e meio, seis autores que vivem em Porto Alegre se reuniram, pelo menos, uma vez a cada 15 dias, com a finalidade de, juntos, escreverem um único livro. Não foram poucos os conflitos, as discussões intermináveis se sucederam. Afinal, como dar início a uma frase? E a continuidade de uma ação? Mas eles acertaram o passo – e o texto. Airton Ortiz, Carlos Urbim, Christina Dias, Sergio Napp, Luiz Paulo Faccioli e Maria de Nazareth Hassen assinam Aqui Dentro Há um Longe Imenso, destinado ao público infantojuvenil, mas que pode ser lido por leitores de todas as idades.

Por que ler? O livro coloca em cena Fabiano, um garoto decidido a mudar o mundo, começando inclusive por transformar a si mesmo, a partir das pequenas atitudes. Ele encontrará uma causa: combater um baleeiro. A partir disso, a existência apresentaráa ele novos horizontes. Em seu blog, o personagem escreve: "Ando vendo baleias por todo lado. A última foi no livro Vidas Secas, de Graciliano Ramos, no qual em pleno sertão há um personagem de nome Baleia. Uma cadela. E ainda por cima o dono da dita-cuja é meu xará: Fabiano." Como se percebe, o repertório dos autores torna possíveis trechos nos quais há diálogos com a literatura, alguns diretos, como o supracitado, e também outros, que estão es­­condidos, entre as linhas, e que fazem da leitura uma ex­­periência riquíssima para os jovens. (MRS)

DVD

Greatest Hits – The Ultimate Video Collection

Bon Jovi. Universal Music Brasil. R$ 34,90. Rock.

Não é vergonha nenhuma admitir uma certa afeição pela banda norte-americana Bon Jovi. Dependendo da sua idade – e a faixa varia de jovens de 20 e poucos anos a pais e mães na casa dos 50 – muito provavelmente algum dos hits dessa banda de Nova Jersey marcou algum momento da sua vida. Quem não sente vontade de levantar os punhos no ar e berrar a plenos pulmões o refrão de "Livin’ on a Prayer" (ou não tenha tido uma queda pelo vocalista/galã Jon Bon Jovi) que atire a primeira pedra.

Por que ver? Se esse é o seu caso (e possivelmente é, nem que secretamente), o recém-lançado DVD Greatest Hits – The Ultimate Video Collection é um prato cheio. Isso porque ele reúne registros em vídeo dos 34 maiores sucessos da carreira da banda. Ou melhor, 17 – videoclipes de 17 sucessos, mais 17 performances ao vivo dessas mesmas canções, filmadas em diferentes turnês.

O repertório varia de hits oitentistas ("Livin’ on a Prayer", "You Give Love a Bad Name", "Born to Be My Baby" e "I’ll Be There for You") – que rendem os melhores (ou seriam os mais engraçados?) videoclipes, a sucessos mais recentes ("It’s My Life" e "Have a Nice Day", por exemplo), em que a banda já aparece de visual reformulado, sem os cabelões e as roupas extravagantes.

Para os admiradores mais fiéis, não custa avisar: as performances ao vivo contidas neste DVD não são inéditas, mas sim saídas dos outros cinco DVDs ao vivo já lançados pelo grupo – Live from London (1995), The Crush Tour (2000), This Left Feels Right – Live (2004), Lost Highway – The Concert (2007) e Live at Madison Square Garden (2009). Em compensação, estão aqui vídeos raros (ao vivo e em clipe) das faixas "We Weren’t Born to Follow" e "What Do You Got?". (JG)

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