Mais de dois anos após a morte do cantor Michael Jackson por um ataque cardíaco, o julgamento do médico que o tratava na época, Conrad Murray, vai ser iniciado nesta terça-feira, nos EUA, em meio a polêmicas sobre os supostos vícios do "Rei do Pop".
A audiência judicial desta terça-feira vai apresentar as alegações iniciais contra Murray, que é acusado de homicídio culposo contra o cantor. Segundo a autópsia de Jackson, o cantor faleceu após ter uma overdose de poderosos anestésicos e sedativos. Os promotores do caso acusam Murray de ter dado ao cantor as receitas para a compra dos medicamentos e de ter falhado no monitoramento do ídolo.
Já os advogados do médico argumentam que Jackson era vítima de vícios e não reportava seu real comportamento a Murray. Segundo a defesa, o próprio cantor teria decidido tomar uma dose exagerada do medicamento.
Em uma audiência a portas fechadas na segunda-feira, Ed Chernoff, advogado de Murray, disse que Jackson estava "desesperado" na época da sua morte. "Achamos que Michael Jackson se envolveu em certos atos que acabaram com a sua própria vida", disse Chernoff, segundo as notas taquigráficas da sessão.
Os pais e outros parentes do cantor, como as irmãs Janet e La Toya, devem comparecer à corte em Los Angeles, Califórnia, para testemunhar no decorrer do caso. O julgamento deve durar até o início de outubro.
Murray pode ser condenado a quatro anos de prisão.
Entre as testemunhas convocadas no caso devem estar os paramédicos que levaram Jackson ao hospital, especialistas médicos, o coreógrafo de Jackson e namoradas de Murray.
O célebre advogado Mark Geragos, que no passado advogou para o cantor, disse que Paris Jackson, de 13 anos, filha dele, também pode ser intimada a depor.
"Ela não só tem coisas a dizer, como pode dizer de forma convincente," disse Geragos à Reuters. A menina estava na mansão no momento em que o cantor parou de respirar.
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