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O curador do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Reynaldo Roels Junior, de 57 anos, faleceu na madrugada deste sábado (18), vítima de pneumonia, no Hospital São Lucas, em Copacabana, onde estava internado há uma semana. O enterro aconteceu no Cemitério São João Batista. Reynaldo, que completaria mais um aniversário no próximo dia 22, não deixa filhos.

Carioca nascido no bairro da Urca, Reynaldo Roels Junior dedicou a maior parte da vida às artes. Conhecido por suas críticas de artes plásticas no Jornal do Brasil na década de 80, atualmente, destacava-se na área como curador do MAM.

Formado em História pelo Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduado em História da Arte pela Pontifícia Universidade Católica do Rio (PUC-Rio), Reynaldo começou a carreira na década de 80 como professor e diretor de Estética e História da Arte da Escola de Artes Visuais (EAV) do Parque Lage, funções que exerceu durante quatro anos.

Como curador do MAM, era responsável pela coleção de arte do colecionador Gilberto Chateaubriand, criando salas no MAM para exposição permanente dessas obras.

"A importância dele não foi só para o MAM, é para o panorama das artes brasileiras. Ele era dotado de grande cultura, não só no terrenos das artes visuais como musicais. No museu, ele deixou marcas indeléveis", disse Gilberto Chateaubriand.

Reynaldo também era responsável pela seleção de trabalhos do Clube dos Colecionadores, projeto em que qualquer pessoa pode adquirir cinco obras assinadas, com certificado e tiragem limitada a cem exemplares. Nesta terceira edição do projeto, ao custo de R$ 2.500, leva-se para casa três fotografias, uma impressão sobre papel e uma serigrafia. As obras têm a assinatura de artistas como José Bechara e Ivan Cardoso.

Reynaldo também foi o organizador da obra "Franz Weissmann: uma retrospectiva", da editora CCBB. Entre seus últimos trabalhos como curador, figuram as exposições "Nova figuração", "MAM 60 anos" e "Neoconcretismo 50 anos". Entre inúmeras outras curadorias, destaque para as de Ivan Serpa e Deonisio del Santo. Reynaldo deixa texto inédito sobre a evolução da escultura no Brasil.

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