Gianecchini faz promessas no palco, este fim de semana

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Um homem bonito e carismático. Ninguém melhor para encarnar este papel do que o ator Reynaldo Gianecchini. Mas, o protagonista da comédia política "Sua Excelência, o Candidato" é também um despreparado candidato a político. Um desafio para o ator, que assume o personagem na nova montagem deste aclamado texto, escrito há 20 anos por Jandira Martini e Marcos Caruso. A peça é atração em Curitiba no sábado (19) e no domingo (20), no Teatro UnicenP.

Gianecchini apaixonou-se pelo gênero comédia após viver o mecânico Pascoal na novela "Belíssima", da Rede Globo. "Foi um período muito feliz, em que me senti muito criativo. Por isso, quis estender essa curiosidade pela pesquisa da comédia para o teatro", conta. Seus papéis anteriores no palco foram sempre em peças mais complexas – o diretor José Celso Martinez dirigiu o ator em "Cacilda e Boca de Ouro"; depois, atuou na peça "O Príncipe de Copacabana", de Gerald Thomas. "Queria fazer algo que tivesse uma comunicação mais direta com o público, em que a reação fosse imediata", diz. Por isso, quando surgiu o convite para fazer a comédia, Gianecchini topou na hora.

Em pleno período pré-eleitoral, "Sua Excelência, o Candidato" continua muito atual e não precisou sofrer qualquer modificação no texto. O espetáculo teve pré-estréia em Santos, no Litoral de São Paulo, e agora passa por Curitiba e Ribeirão Preto.

A reação do público tem sido a mesma em todas as apresentações: o riso desmedido. "Por mais que seja um retrato do Brasil, as pessoas se divertem. A mentira, a corrupção, a malandragem têm sempre uma perninha curta. Na peça, tudo vem à tona, como está acontecendo no Brasil agora", conta Gianecchini. O próprio personagem, que o ator denomina um "escroque", tem seu lado engraçado, pois é carismático e cheio de inseguranças.

O público acompanha o desespero do jovem candidato, às voltas com problemas com a amante (Lara Córdola), que é mulher de seu chefe político (Paulo Coronato), com uma mãe solteira (Roseli Silva) que o procura para reclamar seus direitos, com o porta-voz bajulador, com o mordomo-travesti e até com o japonês líder sindical dos hortifrutigranjeiros. "Apesar de tudo, Orlando não causa asco. Acho que o povo brasileiro aprendeu a olhar com um pouco de sarcasmo esse tipo de personagem", diz Gianecchini.

Confira a programação dos teatros

Serviço: Sua Excelência, o Candidato. Sábado (19) às 21 horas e domingo (20) às 19 horas. Teatro UnicenP (Rua Professor Pedro Viriato de Souza, 5.300, Campo Comprido) Tel.: 4004-2327. R$ 50,00 e R$ 25,00 (estudantes, idosos, professores e funcionários do UnicenP e assinantes da Gazeta do Povo que comprarem até dois ingressos).