• Carregando...

A premiação do Globo de Ouro 2007, realizada na segunda-feira em Hollywood, parecia desastrosa para o diretor mexicano Alejandro González Iñárritu. Seu terceiro longa-metragem, Babel, havia recebido sete indicações e era um dos favoritos da noite. A decepção aumentava a cada categoria apresentada sem vitória, até que no anúncio do último e mais importante troféu veio a consagração: Babel foi escolhido o melhor filme de 2006 pela imprensa estrangeira que cobre cinema em Hollywood.

A premiação no prestigiado Globo de Ouro aumenta o cacife da produção rodada em quatro países diferentes para o Oscar deste ano, que vai apresentar a lista dos indicados na próxima terça-feira, dia 23 – possivelmente com várias nomeações para Babel, incluindo filme, direção, roteiro (de Guillermo Arriaga, também autor dos outros dois filmes de Iñárritu, Amores Brutos e 21 Gramas, e que se encontra brigado com o diretor por conta de quem deve merecer os créditos criativos pelas ótimas obras), trilha sonora e atores coadjuvantes (Brad Pitt, Adriana Barraza e Rinko Kikuchi). O filme estréia nesta sexta-feira no Brasil.

Outro longa que ganha força para o Oscar é Dreamgirls – Em Busca de um Sonho, vencedor de três Globos de Ouro: melhor comédia ou musical, ator coadjuvante – Eddie Murphy, astro que volta em grande estilo – e atriz coadjuvante – Jennifer Hudson, eliminada pelo programa American Idol, mas que estourou no cinema. O musical dirigido por Bill Condon superou em prêmios Os Infiltrados, que só recebeu o Globo de Ouro de melhor diretor para Martin (será que dessa vez ganho meu Oscar?) Scorsese.

Hudson foi a primeira da lista de discursos emocionados ou descontraídos de agradecimento, uma tradição do Globo de Ouro, que tenta ser mais benevolente com as estrelas do cinema, não as podando no seu momento de emoção, como faz o Oscar, que várias vezes quase expulsa do palco seus premiados para não atrasar demais a cerimônia.

Mas alguns longos discursos atrasaram o Globo de Ouro 2007 e os produtores do show foram obrigados a se preocupar com o tempo, cortando agradecimentos na meia hora final de programa, como o do britânico Sacha Baron Cohen, escolhido melhor ator de comédia pelo impagável personagem Borat. Ele foi responsável pelo mais divertido e escatológico momento da noite, dedicando seu prêmio ao ator que sentou nu na sua cara em uma cena (contada em detalhes) do politicamente incorreto filme que chega em fevereiro ao Brasil.

Um dos destaques da premiação da imprensa estrangeira em Hollywood foi a atriz inglesa Helen Mirren, vencedora dos troféus de melhor atriz de filme dramático por A Rainha, em que interpreta Elizabeth II, e de melhor atriz de TV pelo telefilme Elizabeth I, em que vive a monarca da Grã-Bretanha do tempo de Shakespeare. Completam a lista dos principais prêmios de cinema: Forest Whitaker, melhor ator dramático por O Último Rei da Escócia; Meryl Streep, melhor atriz de comédia ou musical, por O Diabo Veste Prada; Peter Morgan, pelo roteiro de A Rainha; e Cartas de Iwo Jima, de Clint Eastwood, escolhido melhor filme falado em língua não-inglesa.

Televisão

Os troféus nas categorias das séries televisivas foram bem distribuídos. Grey’s Anatomy, uma das maiores audiências atuais da televisão americana, ganhou como melhor drama. Outro sucesso recente, Ugly Betty (inédito no Brasil e baseado na novela colombiana Betty, a Feia) foi escolhido como melhor comédia, premiando ainda sua atriz principal, America Ferrera. Hugh Laurie (House), foi novamente escohido melhor ator dramático; Kyra Sedgwick (The Closer), melhor atriz dramática; e Alec Baldwin (30 Rock), melhor ator cômico.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]