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Paul McCartney usou a rede social para apresentar a primeira faixa de seu novo disco, Kisses on the Bottom, que sai neste mês | Divulgação
Paul McCartney usou a rede social para apresentar a primeira faixa de seu novo disco, Kisses on the Bottom, que sai neste mês| Foto: Divulgação

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  • Na semana que vem, Haynes vem ao Brasil para o evento de tecnologia Campus Party, onde debaterá a música na web
  • Os nova-iorquinos do Rapture tiveram uma de suas canções,

"Não acho que somos apenas uma rede social de música", explica, pelo telefone, Dave Haynes, vice-presidente de negócios do Soundcloud, uma das atrações da Campus Party 2012, evento de tecnologia que começa na semana que vem em São Paulo. Haynes pode até desconversar, mas o fato é que, aos poucos, seu site vem se estabelecendo como o principal canal de música na internet, título que já foi do MySpace, quando este aspirava ao posto de maior rede social do mundo. Enquanto este último deslizou ao deixar a música em segundo plano – e aos poucos perder a relevância digital –, o Soundcloud restringiu seu foco e dedicou-se apenas ao compartilhamento de arquivos de áudio.

Esta definição rendeu bons frutos. Menos de dois anos depois de ter sido criado em 2009 pelo engenheiro de som Alex Ljung e pelo artista Eric Wahlforss na Suécia, já conseguiu atrair grandes nomes do mercado musical. Hoje o site é baseado em Berlim, na Alemanha. E diferentemente do MySpace, que começou a ganhar fama ao revelar artistas independentes como Lily Allen, Arctic Monkeys e Mallu Magalhães, o Soundcloud teve a facilidade de ser reconhecido mais naturalmente por artistas já estabelecidos.

Lançamentos

Bandas começaram a usar a plataforma para mostrar, em alguns casos na íntegra, lançamentos inteiros em streaming, como foi o caso do Foo Fighters (/foofighters). A banda deixou seus fãs ouvirem todo seu disco mais recente, Wasting Light, na mesma semana em que ele foi para as lojas – digitais ou não. E não são apenas artistas cujos fãs já estão habituados a baixar músicas on-line, como é o caso do ex-beatle Paul McCartney (/paulmccartney). Ele encerrou o ano passado apresentando a primeira faixa de seu próximo disco – Kisses on the Bottom, na rede social. O disco será lançado agora em fevereiro.

Muitas gravadoras – principalmente selos pequenos – também já utilizam o canal como base para lançamento de seus artistas, apresentando canções, discos e até mesmo promoções, como foi o caso da nova-iorquina DFA Records (/dfa-records). Ela abriu no mês passado um concurso de remixes para a música "How Deep Is Your Love", do grupo Rapture. Na outra ponta do espectro, a tradicional gravadora alemã de música erudita Deutsche Grammophon (/deutschegrammophon) também tem seu perfil no site.

Mas se Haynes não acha que o Soundcloud é uma rede social de música, então o que é este site, que, na semana passada, comemorou a marca de 10 milhões de usuários? "Somos uma plataforma de criadores de áudio", diz. "É natural que nos associem a artistas, afinal música é muito popular e vários nomes – tanto estabelecidos quanto iniciantes – já ajudaram o público a entender a natureza do site. Mas achamos que música é só uma pequena parte de nosso potencial. Hoje, graças aos celulares, todos carregamos uma câmera no bolso, também temos um microfone à nossa disposição o tempo todo. E é nisso que apostamos."

O executivo do site lista que as pessoas já usam o Soundcloud para publicar comentários falados, fazer diários em áudio, entrevistas e ler textos em voz alta. "São jornalistas, comediantes, editoras de livros, radialistas, escritores, emissoras de rádio e tevê", continua Haynes.

Não é pouca coisa: nomes como a editora Penguin, a revista Vanity Fair, a emissora de rádio norte-americana ABC, a Sociedade Real pela Literatura Inglesa e a BBC também utilizam a plataforma. E Haynes concorda quando perguntado se aos poucos vamos ver a voz substituir o texto como principal meio de comunicação na rede.

Nova era

"A antiga indústria musical – o rádio, as lojas de discos e as gravadoras – sempre impôs a forma como a música deve ser criada, distribuída e consumida. Isso acabou. Vivemos numa era em que todos colaboram com essa indústria, desde os programadores até o ouvinte, além dos artistas e novos players no mercado de música. É um ecossistema em constante formação que não está restrito à definição de alguns poucos executivos com bons contatos."

Mas ele não crê que o novo cenário deste mercado tenha aberto uma cisão entre duas gerações. "Acredito que a revolução digital a que estamos assistindo hoje é muito mais importante do que aquela que aconteceu há dez anos. Todos já entendemos que a internet chegou para ficar e há uma nova geração de executivos que entende a rede como um leque de novas oportunidades e não mais como uma ameaça. Eles estão disposto s a fazer novas parcerias, a dialogar com músicos, a ouvir o público, a criar novas ferramentas de interação entre os diferentes lados do mercado. Nós somos apenas uma peça neste novo cenário", conclui.

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