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Vídeo| Foto: TV Paranaense

O que você vai escutar

Além das 12 faixas do disco Carioca, o repertório do show conta com 17 outras canções de várias fases da carreira de Chico, apesar de deixar de fora um grande número dos sucessos mais populares do cantor, o que talvez decepcione alguns:

"Voltei a Cantar" (1939), "Mambembe" (1972), "Dura na Queda" (2000), "O Futebol" (1989), "Morena de Angola"(1980) , "Renata Maria" (2005), "Outros Sonhos" (2006), "Imagina" (1983, "Porque Era Ela, Porque Era Eu" (2006), "Sempre" (2006), "Mil Perdões" (1983), "A História de Lily Braun" (1982), "A Bela e a Fera" (1982), "Ela É Dançarina" (1981), "As Atrizes" (2006), "Ela Faz Cinema" (2006), "Eu Te Amo" (1980), "Palavra de Mulher" (1985), "Leve" (1997), "Bolero Blues" (2006), "As Vitrines" (1981), "Subúrbio" (2006), "Morro Dois Irmãos" (1989), "Futuros Amantes" (1993), "Bye Bye Brasil" (1979), "Cantando no Toró" (1987), "Grande Hotel" (1997), "Ode aos Ratos" (2001) e "Na Carreira" (1982).

Hoje à noite, no palco do Guairão, Curitiba vai ganhar um pedacinho do Rio de Janeiro. Depois de um jejum de oito anos, Chico Buarque se apresenta na cidade com a turnê Carioca, recorde de público nas dez cidades por onde passou. Desde sua estréia em São Paulo, em agosto do ano passado, a turnê já foi assistida por 140 mil pessoas, com direito a apresentações extras na capital paulista, Portugal, Belo Horizonte e Rio de Janeiro.

O Chico Buarque que os curitibanos vão encontrar será certamente diferente daquele se apresentou há oito anos, na turnê As Cidades. Com uma harmonia e melodias ainda mais sofisticadas e letras influenciadas pela literatura, cada detalhe do show é cuidadosamente pensado. A turnê também representa uma nova fase na carreira de Chico, que confessa finalmente ter encontrado prazer em estar no palco. "Foram necessários 40 anos para eu gostar de cantar. Quem sabe daqui a outros tantos estarei a bailar", contou o compositor durante uma das apresentações em Lisboa.

Carioca é a quinta turnê de Chico Buarque, que em 30 anos só havia realizado outras quatro: Chico e Bethânia (1975), Francisco (1988), Paratodos (1994) e As Cidades (1999).

Sobre o título da turnê e do disco, lançado em 2006 pela gravadora Biscoito Fino, Chico não poupou sua ironia: "É uma homenagem a São Paulo". Pode parecer absurdo, mas existe uma explicação: era esse o apelido do compositor na adolescência, passada em São Paulo.

O tom adolescente está no repertório de Carioca, que mistura as 12 faixas do novo álbum com músicas de épocas e estilos diferentes e foi estruturado seguindo algumas linhas temáticas. Estão presentes o cinema, como nas canções "As Atrizes", "Bye Bye Brasil" e "Porque Era Ela, Porque Era Eu" – homenageando divas de ontem e de hoje e apresentando trilhas sonoras compostas para filmes –, seus amores e o Rio de Janeiro, presença constante em suas composições.

A parceria de Chico com Edu Lobo aparece em quatro momentos: "Ode aos Ratos", do espetáculo teatral Cambaio, de 2001, "A História de Lily Braun", "A Bela e a Fera" e "Na Carreira", extraídas da trilha do balé O Grande Circo Místico, de 2001. O show é conceitual e o roteiro permite que as músicas conversem entre si, como em romance aberto onde as tramas se interrelacionam.

No palco, Chico interpreta "Imagina", de 1983, em dueto com Bia Paes Leme, tecladista da banda que acompanha o cantor. Outro encontro é com o bateirista Wilson das Neves, que canta com Chico o samba "Grande Hotel". Eles jogam futebol com uma bola imaginária, no momento mais descontraído do show.

Futebol, aliás, é uma das paixões do compositor, que chegou ontem a Curitiba e já tinha uma partida agendada para o final da tarde.

Chico Buarque faz questão de passar o som pessoalmente antes de todas as suas apresentações e, desta vez, não será diferente. A previsão é de que no final da tarde de hoje ele vá até o Guairão fazer os testes e fazer a concentração para o show.

A iluminação criada por Maneco Quinderé utiliza 30 moving lights que interagem com o cenário minimalista concebido por Hélio Eichbauer, um móbile de seis metros de largura com o contorno das montanhas cariocas, que flutua sobre Chico e os músicos. Uma escultura circular em metal se transforma ora em lua, ora em sol, de acordo com a incidência da luz. O pano de boca do palco reproduz um desenho inédito de Heitor Villa-Lobos (1887-1959), presente do maestro para os tios de Eichbauer.

O figurino despojado de Chico é assinado por Marcelo Pies, que propôs uma calça de seda azul marinho e um pulôver de algodão, em tons degradês de azul.

Para quem não conseguiu comprar um ingresso a tempo e ver o show ao vivo, resta esperar o lançamento da versão em DVD pela Biscoito Fino. A turnê paulista já foi registrada e a previsão é de que chegue às lojas no segundo semestre deste ano.

Serviço: Carioca. Show com o cantor e compositor Chico Buarque. Guairão (Praça Santos Andrade, s/n.º), (41) 3304-7900. Dias 3, 4 e 5 de abril, às 21 horas. Até o fechamento desta edição havia 60 ingressos disponíveis para o dia 5. Para os demais dias, os ingressos estão esgotados. A meia entrada custa R$ 140 (platéia), R$ 120 (1º balcão) e R$ 70 (2º balcão) – para estudantes, pessoas acima dos 60 anos, clientes TIM, Cartão Fidelidade do Teatro Guaíra e Clube do Assinante da Gazeta do Povo. Pelo valor da inteira, o comprador ganha outro ingresso grátis.

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