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"Homem-Aranha 3" desembarca nas telas nacionais em 690 cópias e 840 salas nesta sexta-feira, supostamente como o último capítulo da franquia que consagrou Tobey Maguire no papel.

Poucos acreditam que a trilogia, sucesso de bilheteria, vá parar por aí, mas o fato é que o contrato com Maguire e a estrela em ascensão Kirsten Dunst acaba mesmo nesta terceira parte.

O novo filme de Sam Raimi, com roteiro dele mesmo e do irmão Ivan Raimi, marca o ritual de passagem à idade adulta do herói de dupla identidade, o fotógrafo Peter Parker e o paladino da justiça Homem-Aranha.

Dando sequência à revelação de seu segredo à namorada Mary Jane (Kirsten Dunst), no final do segundo filme, Peter firma o namoro com ela. A moça está estreando um espetáculo na Broadway como cantora, que é arrasado pelos críticos. Ela é rapidamente substituída e vive uma crise profissional.

Peter nem tem muito tempo para dar atenção ao coração magoado da amada. Uma turma de rivais e inimigos rouba todo o seu fôlego, começando pelo ex-amigo Harry Osborn (James Franco), que procura vingar seu pai (Willem Dafoe), morto pelo Homem-Aranha.

Voando numa espécie de skate high tech e dotado de várias geringonças mortais - como uma série de bolas metálicas cheias de pontas -, Harry trava um dos melhores duelos do filme com o Homem-Aranha pelos ares, especialmente nos estreitos corredores entre os arranha-céus de Nova York.

"Homem-Aranha 3" não nega fogo no quesito aventura e escala outros dois poderosos inimigos para o herói - inclusive, ele mesmo, quando sua roupa é coberta por uma legião de estranhos microorganismos negros.

Sob a ação deles, tanto Peter quanto o Homem-Aranha revelam um lado mais agressivo, cínico e imprevisível. Muda até o penteado comportadinho de Peter. Subjugado por uma espécie de segunda personalidade dark, ele joga a franja na testa, pinta um leve risco nos olhos, veste-se todo de negro, dança com ousadia nas baladas e paquera todas as garotas - cortando o coração de Mary Jane.

Antes mesmo desta espécie de infecção de caráter, o herói já estava sucumbindo a uma certa vaidade. Ele corresponde, até certo ponto, às atenções de Gwen (Bryce Dallas Howard), a filha do comandante da polícia (James Cromwell) que ele salvou numa outra sequência espetacular, quando uma gigantesca grua saiu de controle no alto de um prédio, danificando diversos andares e arremessando a mocinha pelos ares.

Além disto, o Homem-Aranha tem pela frente dois formidáveis inimigos. Um deles, o Homem de Areia (Thomas Haden Church). Na verdade, ele é Flint Marko, o presidiário que cumpria pena por ter matado o tio de Peter Parker (Cliff Robertson) no primeiro filme.

Escapando da prisão, ele foge da polícia e se esconde numa usina nuclear. Submetido a uma formidável carga de radioatividade, vira literalmente uma figura de areia, capaz de fazer-se e desfazer-se, bem como atingir um tamanho gigantesco, no melhor trabalho do departamento de efeitos especiais do filme.

O outro inimigo, Eddie Brock (Topher Grace), começa como rival na fotografia do jornal em que Peter trabalha. Por acidente, ele irá receber os microorganismos negros na própria pele no dia em que, finalmente, o Homem-Aranha decide livrar-se deles.

A partir daí, Eddie torna-se Venom, criatura capaz de voar, dotada de uma temível mandíbula de tubarão e capaz de montar armadilhas como uma gigantesca teia entre dois altíssimos prédios de Nova York. E, o que é pior, tendo Mary Jane como isca.

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