Homem encara a perspectiva de ficar cego no drama O Livro

• 0

Um homem recebe a notícia de que ficará cego e precisa encontrar meios de lidar com o fato. Esse é o enredo que move O Livro (confira o serviço completo do espetáculo), primeiro monólogo encenado por Eduardo Moscovis. Escrito pelo dramaturgo Newton Moreno, autor de Agreste e nome forte do teatro brasileiro, o texto chegou às mãos do ator depois que este conheceu o espaço do grupo paulista Os Fofos Encenam, do qual Moreno faz parte.

O encontro foi casual e não profissional, e Moscovis ficou feliz ao receber o texto pouco tempo depois. "Ele é poético, bonito, com imagens que tiveram um impacto grande em mim", diz Moscovis. "Guardei o texto e, com o tempo, voltei a ele algumas vezes e o impacto só aumentou."

Saiba tudo sobre os espetáculos da Mostra Principal 2011 do Festival de Curitiba

Da versão lida por Moscovis pela primeira vez até o espetáculo que o público vê hoje e amanhã à noite, a peça sofreu alterações, mas todas foram feitas num trabalho conjunto do ator com Moreno e com a diretora Christiane Jatahy, em quem o escritor e o ator tinham muita confiança.

"Ela é dona de uma dramaturgia característica, feita de exercícios e improvisação. Tí­­nhamos muita segurança no trabalho dela, capaz de mexer nas estruturas do espetáculo e quebrar, de maneira positiva, um pouco da poesia do texto do Newton", diz Moscovis. Ele conta que fazer um monólogo o assustava, mas era exatamente o que queria, uma chance que fazia parte de um processo de amadurecimento.

Mais conhecido pelos papéis nas telenovelas Alma Gêmea (2005), Pecado Capital (1998) e Por Amor (2007), Moscovis decidiu não renovar o contrato com a Rede Globo em 2006 porque queria investir tempo nos palcos e no cinema. Ele admite que a opção custou caro do ponto de vista financeiro. "Mas foi a decisão certa a tomar para a minha satisfação pessoal e profissional", diz.

Ele está ligado a três produções importantes no cinema, Corações Sujos, de Vicente Amorim, adaptação do livro homônimo de Fernando Morais, Amor?, de João Jardim, e 180º, de Eduardo Vaisman. Na televisão, mantém uma boa relação com a Rede Globo e, no segundo semestre, deve voltar à telinha em um seriado de João Falcão, ainda sem título definido.

Serviço:

O Livro (confira o serviço completo do espetáculo). Barracão do Cietep (Av. Comendador Franco, 1.341 – Jardim Botânico). Direção de Christiane Jatahy. Texto de Newton Moreno. Com Eduardo Moscovis. Classificação indicativa: 12 anos. Hoje e amanhã, às 21 horas.

Confira a programação da Mostra Principal 2011 do Festival de Curitiba também pelo seu iPhone e iPad, baixe o app da Gazeta do Povo gratuitamente na Apple Store. Se você já possui nosso app, basta fazer o download da edição do dia e ir à editoria do Caderno G.