• Carregando...
Bailarinos da Cia. de Dança Masculina Jair de Moraes dançam obras de vários coreógrafos | Divulgação
Bailarinos da Cia. de Dança Masculina Jair de Moraes dançam obras de vários coreógrafos| Foto: Divulgação

É a versatilidade das vertentes da dança contemporânea, segundo o diretor Jair de Moraes, o que importa no espetáculo Fusão (confira o serviço completo do espetáculo), apresentado neste sábado e domingo, às 21 horas, no Guairinha, pela sua Cia. Masculina de Dança.

Os 20 bailarinos realizam os movimentos pensados por quase uma dezena de coreógrafos, em obras distintas mas costuradas entre si. Entre elas, "Elements", uma coreografia desenvolvida por Jurandi Silva, o ex-integrante do Balé Teatro Guaíra (BTG) que há 15 anos atua nos Estados Unidos. "É um contemporâneo diferente do que fazemos aqui no Brasil, acho meio musical", comenta o diretor Jair de Moraes.

"Elements" contrasta, por exemplo, com um dueto dramático criado por Carlos Trincheiras, o antigo diretor do BTG. Também com a coreografia final, "Rainha de Paus", que une o contemporâneo ao cômico, usando recursos burlescos.

"São oito coreógrafos diferentes no mesmo espetáculo, nos mesmos corpos", ressalta Moraes, para evidenciar a dificuldade imposta aos bailarinos ao executar em menos de duas horas movimentos de várias linguagens da dança.

A maior parte das coreografias que compõem Fusão já foi apresentada em outras cidades, como Juiz de Fora e Foz do Iguaçu, mas permanece inédita em Curitiba. As exceções, ainda que breves, são "A Oração", mostrada apenas em pré-estreia, e "O Ego", também com poucas apresentações.

De Foz do Iguaçu, aliás, vem a convidada Cia do Corpo. Um grupo só de mulheres: são nove bailarinas. "É para contrariar. Mos­­­trar como funciona a linguagem contemporânea no corpo da mulher. A sensibilidade é outra", diz o diretor.

Mas os dois grupos não se misturam no palco. Elas se apresentam apenas no meio do primeiro ato, com a coreografia O Encontro das Águas, sobre a lenda romântica de Naipi e Tarobá, ambientada na cidade de onde vêm.

Repertório

A Cia. de Dança Masculina Jair Moraes foi a primeira no país formada inteiramente por bailarinos homens, há sete anos, dentro da Escola de Dança do Teatro Guaíra, da qual se desligou em março de 2007.

No seu repertório, estão os espetáculos Pequeno Teatro do Mundo (2003), sobre meninos de rua; Andarilhos (2005), que abriu o Festival de Dança de Ribeirão Preto; e Ecos de uma Civilização (2006), sobre a cultura negra, todos montados ainda antes de decretar sua independência.

Em 2009, já autônoma, a companhia foi reconhecida com o prêmio Klauss Viana de Dança da Fundação Nacional das Artes, e estreou em dezembro, no Teatro José Maria Santos, o espetáculo Corpos, Ação, Movimento e Só, já mesclando linguagens do clássico e contemporâneo.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]