• Carregando...
Longa russo Hard to Be a God é atração na paralela Outros Olhares | Fotos: Divulgação
Longa russo Hard to Be a God é atração na paralela Outros Olhares| Foto: Fotos: Divulgação

Programe-se

Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba

A programação dos filmes com horários e salas estará disponível no dia 15 de maio. Ingressos à venda a partir de 22 de maio, no local de exibição dos filmes: Espaço Itaú de Cinema (R. Comendador Araújo, 731, Batel) e Cinemateca de Curitiba (R. Pres. Carlos Cavalcanti, 1.174, São Francisco). Ingressos a R$ 5 (inteira) e R$ 2,50 (meia-entrada). Todas as outras atividades têm entrada franca. Mais informações em olhardecinema.com.br.

  • Vencedor do Festival de Tribeca, o francês L’Enlèvement de Michel Houellebecq participa da Competitiva
  • O português E Agora? Lembra-me, prêmio da crítica no festival Cine PE: também em competição
  • Laranja Mecânica, clássico de Kubrick em destaque na mostra Olhar Retrospectivo
  • Os paranaenses Aquilo Que Fazemos com Nossas Desgraças, de Arthur Tuoto (à esq.), e Santa Tereza, de Eduardo Baggio, estão no festival

Depois de surpreender e ousar em seus dois primeiros anos de existência, o Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba chega, no dia 28 de maio, a sua terceira edição com uma meta.

Além de se reafirmar, ao longo de seus nove dias de duração, como uma espécie de sonda capaz de detectar os sinais emitidos pela produção internacional de viés mais inventivo e autoral, que pouca ou nenhuma visibilidade costuma alcançar no circuito comercial brasileiro, o evento agora quer fincar raízes. Consolidar-se. E não apenas junto ao público cinéfilo: pretende, também, capitanear um processo arrojado, que visa à criação de um mercado (e um polo) cinematográfico curitibano, capaz de fomentar a produção local e a realização de negócios, provando que o audiovisual, além de manifestação artística, é uma atividade econômica que gera riqueza em vários aspectos.

Em coletiva realizada ontem, no escritório da Grafo Audiovisual, responsável pela organização e realização do Olhar de Cinema, os três sócios da empresa e diretores artísticos do evento, Aly Muritiba, Antônio Júnior e Marisa Merlo, tornaram públicas as diretrizes do festival, que, em sua terceira edição conta com recursos financeiros mais limitados do que nas duas primeiras, "em decorrência da Copa do Mundo". O evento esportivo atraiu investimentos antes direcionados a projetos culturais, e por isso o Olhar de Cinema não obteve qualquer apoio do governo do estado do Paraná. Volvo e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), são os patrocinadores do festival, via Lei Rouanet, e o evento conta com vários apoios culturais, entre eles os da RPC TV e da Gazeta do Povo.

Unificação

Ao todo, o festival recebeu 2.525 inscrições de filmes – 1.931 curtas-metragens e 594 longas. Desse número, foram selecionados 33 longas e 47 curtas, além dos títulos que serão exibidos em mostras retrospectivas. Embora a divulgação da programação esteja prevista para o dia 15, os títulos escolhidos podem ser conferidos no site do festival: olhardecinema.com.br.

A novidade desta edição foi a alteração das mostras competitivas, nas quais títulos nacionais e estrangeiros deixam de competir separadamente. O cineasta Aly Muritiba justifica a decisão, afirmando que a possibilidade de ver os filmes nacionais à luz daqueles que vêm de outros países é saudável e contribui para que seja feita uma reflexão mais madura sobre o que o cinema nacional está produzindo. O produtor Antônio Junior complementa o sócio, lembrando que, nos grandes festivais internacionais, as cinematografias nacionais nunca são exibidas à parte, e tampouco competem apenas entre si. Ainda assim, o Olhar de Cinema optou por manter o prêmio Olhares Brasil, que será ofertado aos melhores curta e longa-metragem nacionais, escolhidos por um júri específico, entre as obras que estiverem nas mostras Competitiva e as paralelas Outros Olhares e Novos Olhares. Haverá, também, a mostra Mirada Paranaense, voltada exclusivamente para curtas do estado, que contará com a estreia mundial do documentário Santa Tereza, de Eduardo Baggio, e dez curtas locais, "que serão exibidos nos melhores dias e horários, ao contrário do que se vê em outros festivais, onde a produção local fica relegada a segundo plano", diz Muritiba.

Kubrick

Uma das principais atrações desta terceira edição é a mostra Olhar Retrospectivo, que neste ano trará a Curi­­­tiba dez dos 13 longas-metragens realizados pelo cineasta norte-americano Stanley Kubrick (1928-1999), em versões digitais de alta definição. Os filmes programados são: Medo e Desejo (1953), Glória Feita de Sangue (1957), O Grande Golpe (1956), Dr. Fantástico (1964), Nascido para Matar (1987), Barry Lyndon (1975), O Iluminado (1980), Laranja Mecânica (1971), De Olhos Bem Fechados (1999) e 2001: Uma Odisseia no Espaço (1968).

Além das exibições dos filmes, haverá uma nova edição do Seminário de Cinema, oficinas, bate-papo com os realizadores presentes após as sessões e outras programações que também poderão ser conferidas no site do festival.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]