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Crônicas de 42 autores brasileiros estão reunidas na antologia "Boa Companhia – Crônicas", organizada pelo jornalista e escritor Humberto Werneck, 61 anos. Nesta quarta-feira (5), ele lança o livro em Curitiba, dentro do projeto "Sempre um Papo", que acontece no Teatro da Caixa, seguido de bate-papo com o público presente.

O terceiro lançamento da série Boa Companhia, da editora Companhia das Letras, forma um painel da crônica no Brasil, falando de temas variados como futebol, bicho de estimação, uma cena de infância, de palavras e gestos, de política, de uma conversa de bar, de amor, da paisagem na janela, de moda ou até mesmo de uma canja de galinha tomada num hospital.

No livro estão, entre outras, crônicas de Antônio Maria, Arnaldo Jabor, Caio Fernando Abreu, Carlos Drummond de Andrade, Cecília Meireles, Clarice Lispector, Danuza Leão, Fernando Gabeira, Fernando Sabino, Ivan Lessa, João do Rio, Joaquim Ferreira dos Santos, José de Alencar, Luís Fernando Veríssimo, Machado de Assis, Mário Prata, Otto Lara Resende, Paulo Mendes Campos, Rachel de Queiroz, Rubem Braga e Vinicius de Moraes. "Infelizmente não entrou nenhum autor de Curitiba, na verdade porque não conheço, ou porque não tenha publicado um livro", justificou o autor da antologia.

"Posso dizer que selecionar crônicas no Brasil é como montar uma seleção brasileira de futebol. É um gênero literário muito rico e com prestígio. Procurei selecionar bons textos e de autores que levam a uma viagem cronológica, começando com José de Alencar chegando até Antônio Prata, um jovem autor", comentou Werneck. Nascida e criada em revistas e jornais, ao longo do século 20, a crônica se firmou como uma expressão particular na literatura nacional, com importantes autores revelados no gênero como Fernando Sabino, Rubem Braga e Clarice Lispector.

Werneck

Este é o segundo trabalho de seleção e organização de textos que o autor mineiro, residente em São Paulo, realiza. O primeiro trabalho resultou no livro "Minérios Domados", lançado em 1993, pela Editora Rocco, e que apresenta uma antologia de poesias do psicanalista e poeta Hélio Pellegrino, morto em 1988, sem publicar nenhum livro.

Vivendo em meio a uma verdadeira "poligamia literária", como o próprio Werneck define, entre os projetos que está desenvolvendo está a biografia do grupo literário formado pelos autores Fernando Sabino, Hélio Pellegrino, Otto Lara Resende e Paulo Mendes Campos. "Foram todos amigos, contemporâneos de uma época, e que desenvolveram uma linguagem literária própria", defende Werneck. O jornalista e escritor também está trabalhando na reedição de parte do livro "Chico Buarque: Letra e Música".

O jornalista já passou pelos principais jornais e revistas do Brasil como Jornal da Tarde, Veja, Jornal da República, Isto É, Jornal do Brasil e Elle.

Serviço: "Sempre Um Papo" com o escritor e jornalista Humberto Weneck. Quarta-feira (5) às 19h30. Teatro da Caixa (Rua Conselheiro Laurindo, 280). Entrada Franca.

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