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Samantha Schmütz, intérprete de Junia/Juninho | Divulgação Zorra Total
Samantha Schmütz, intérprete de Junia/Juninho| Foto: Divulgação Zorra Total

Não existe uma fórmula exata que explique do que estamos rindo na TV, mas a grande quantidade de programas que exploram diferentes tipos de humor indica que há algo novo no ar. Hoje, para fazer rir, uma nova turma de comediantes tem abusado dos diferentes tipos de piada - das comédias que zombam de situações do cotidiano às sátiras de famosos - nos programas da TV aberta e fechada. Ainda há quem alfinete a vida política do país, mas esta vertente do humor já não tem mais tanto espaço nem a força do passado, dizem os especialistas. Até Chico Anysio, mestre do riso que sempre criticou a falta de renovação do gênero, reconhece o valor da atual safra de humoristas:

- Nunca houve tão bons comediantes no país como se vê hoje - diz ele.

Nomes como Maria Clara Gueiros, Alexandra Richter, Samantha Schmütz, Marcius Melhem e Leandro Hassun e Fabiana Karla despontaram no teatro e viraram sucesso nacional no "Zorra total", humorístico popular que investe no formato de esquetes, nas noites de sábado, na Globo. Há nove anos no ar, o programa é lançador de talentos.

Segundo o diretor Maurício Sherman, a renovação constante do elenco é o segredo da longevidade da atração, que já está revelando mais uma geração, representada por jovens como Samantha Schmütz, intérprete da Junia/Juninho, e Josie Pessoa e Thaís Miller, protagonistas do quadro "Adolescentes".

- Quando sugeri o formato de esquetes, o objetivo era fugir do engessamento de programas que dependiam de duas ou três estrelas - explica Sherman, lembrando que lá passaram nomes como Lúcio Mauro Filho, Cláudia Rodrigues, Ingrid Guimarães e Heloísa Perissé.

- Quantos atores já lançamos? Testamos muita gente que está começando.

Integrante do "Casseta & planeta, urgente!" - que desde 1992 leva às últimas conseqüências o lema "jornalismo mentira, humorismo verdade" - Marcelo Madureira diz que os programas não dependem só de bons humoristas, mas de um bom texto. Para ele, a renovação passa pela oferta de redatores talentosos:

- Nem sempre um ótimo comediante diz um bom texto. Mas, se você tiver um texto de qualidade, pode ter um comediante razoável. Nós, por exemplo, não somos atores, mas todos escrevemos.

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