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Em vermelho, a cidade de Tupãssi que tem menos de 10 mil habitantes | Reprodução Ipardes
Em vermelho, a cidade de Tupãssi que tem menos de 10 mil habitantes| Foto: Reprodução Ipardes

Luigi acorda em um necrotério e vê um corpo sobre a mesa. Levanta o pano que o cobre e exclama: "Morri!".

Assim começa a peça Giovani, Luigi & Montenegro, em cartaz de quarta-feira a domingo, no Teatro Regina Vogue. A cena parece retirada de um filme policial com uma pitada de Ghost – Do Outro Lado da Vida, já que a própria vítima investiga seu assassinato. Mas, não se engane. O clima pode ser noir, mas a vocação do texto de Luiz Carlos Pazello está mais para Apertem os Cintos, o Piloto Sumiu.

"É uma comédia vigorosa, com gags físicas e um elenco jovem", conta a diretora Sílvia Monteiro, que junto com o autor também adicionou elementos de Monty Python, Top Gang, Jeca e Seu Filho Preto e outros clássicos do besteirol.

A peça pretende matar de rir – trocadilho que pode ser perigoso em uma montagem onde o assassino está à solta. O narrador, outra vez Luigi, suspeita de um de seus ex-sócios, Giovani e Montenegro.

Antes de ele morrer, o trio administrava um ferro-velho, mas a sociedade estava desgastada pelas desavenças. "Isso acontece muito na vida real. É como mencionamos na peça: casamento é até que a morte os separe, mas sociedade é para além e muito mais", conta Sílvia.

Ela sabe bem do que está falando. O ferro-velho é uma metáfora divertida para o Teatro Lala Schneider, fundado em 1994 por Sílvia, Pazello e João Luiz Fiani, atual proprietário. "É a história de nossa sociedade. No projeto original, criado pelos três, nós seríamos os atores, mas agora preferimos deixar o texto menos biográfico e mais fictício. Quem conhece ri muito, mas não é preciso entender o subtexto para se divertir", conta Sílvia.

A sociedade terminou em 1999, sem discórdias nem constrangimentos, tanto que Sílvia e Pazello pensam em montar a próxima temporada do espetáculo no Lala Schneider. "Seria o lugar perfeito", analisa.

Escrita naquele mesmo ano, o projeto só foi aprovado há poucos meses pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura. "Fizemos parte da última leva da malfadada fila de projetos que estavam na gaveta", conta a diretora.

Desativada desde 2001, a Confraria Cênica volta à ação com sua primeira comédia, que tem no elenco Raphael Rocha, Lucas Cahet, Célia Ribeiro, Caroline Mammarela e Josiane Wolpato. Também participam o humorista Alisson Diniz (sonoplastia), Beto Bruel (iluminação), Ceres Vittori (coreografia) e Arlete Sabino (cenário e figurinos).

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