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Exposição traça panorama da carreira de Anita Malfatti: museu terá horário especial durante o fim de semana | Reprodução
Exposição traça panorama da carreira de Anita Malfatti: museu terá horário especial durante o fim de semana| Foto: Reprodução

Polêmica com seus traços ousados e uma das principais personagens da Semana de 1922, a arte de Anita Malfatti (1899-1964) abre a programação da Virada Cultural 2011. A exposição homônima com 100 obras inaugura no sábado, às 11 horas no Museu Oscar Niemeyer, e faz uma retrospectiva sobre a carreira da artista, que iniciou o movimento que viria a ser chamado de modernismo brasileiro (Veja o serviço completo da exposição no Guia Gazeta do Povo).

Em 1917, Anita provocou um verdadeiro escândalo, e a fúria de Monteito Lobato, ao exibir 53 ousados trabalhos em São Paulo. Na época, o escritor, em artigo chamado "Paranoia ou Mistificação?" comparou a pintura da artista "aos desenhos dos internos dos manicômios". Os ataques, porém, acabaram consagrando Anita que, junto a outros escritores, poetas e intelectuais, promoveram a Semana de Arte Moderna de 1922. "A crítica de Monteiro Lobato acabou aglutinando um grupo de pessoas em torno dela, o que culminou no movimento", acredita a curadora da exposição, Luzia Portinari.

Para a mostra, Luzia reuniu trabalhos desde o início da carreira de Anita Malfatti, de 1909, até obras da sua última fase, em 1955, quando fez uma grande exposição no Museu de Arte de São Paulo (Masp). A curadora destaca alguns dos períodos mais férteis da artista, entre 1915 e 1916, quando morou nos Estados Unidos, e de 1923 a 1928, quando viveu e estudou em Paris, o que foi possível por meio de uma bolsa que conseguiu pelo governo do estado. "O trabalho nos EUA deu fruto à exposição de 1917, com um cunho expressionista. Além disso, o mecenato de arte estava explodindo no país. Já em Paris, ela pôde conviver em um momento cultural muito interessante". Sua "fase brasileira" mais criativa, acredita Luzia, foi no fim da carreira, quando ela sentiu liberdade de pintar como quisesse. "Foi uma resposta a todas as críticas que ela recebeu durante a vida".

Seguindo a mesma ideia de atividades ininterruptas da Virada, o MON funcionará em horário especial (até às 22 horas no sábado e às 18 horas no domingo), e terá entrada franca durante todo o fim de semana. Além das exposições, o público poderá conferir espetáculos de marionetes, dança e shows, como o do Coral Brasileirinho, que se apresenta no domingo, às 16 horas.

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