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O artista levou três dias para concluir a instalação no MAC | André Rodrigues/Gazeta do Povo
O artista levou três dias para concluir a instalação no MAC| Foto: André Rodrigues/Gazeta do Povo

Exposições

Veja a programação desta e outras mostras no Guia Gazeta do Povo.

Foram necessários mais de 4 mil metros de fita adesiva e, praticamente, 12 horas de trabalho, durante três dias, para que o artista plástico gaúcho Giovanni Ferreira criasse a instalação de 10 metros de altura que ocupará, a partir de amanhã, a sala Theodoro De Bona, no Museu de Arte Contemporânea do Paraná (MAC).

A exposição, intitulada Arparadores (veja o serviço completo no Guia Gazeta do Povo), já esteve em cartaz em outros importantes museus brasileiros, como o Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo; a Casa de Cultura Mário Quintana, em Porto Alegre; e o MAC de Campo Grande. Entretanto, o artista de 29 anos, que tem uma obra voltada para o uso de materiais recicláveis (como embalagens e caixas de papelão) deu um viés quase arquitetônico: estarão expostos também 38 croquis e 11 plantas de projeção. Os registros mostram desde a inscrição no edital do museu até os últimos retoques nos desenhos, feitos no computador. "Sempre gostei dessa ideia do desenho no ar, e um dia pensei na fita, que causa uma multiplicidade de visões", afirma Ferreira.

O trabalho, de acordo com o artista, gera interatividade com os visitantes. "Já relataram que o espaço fica relaxante, quase meditativo. Não é a minha intenção. Mas acho legal essa interpretação das pessoas."

Ao longo do período expositivo – que em Curitiba vai até setembro –, a instalação acaba, naturalmente, juntando resíduos nas faixas adesivas, como poeira e insetos. Mesmo assim, ao invés de simplesmente descartar o material, Ferreira prefere criar mais obras com o resíduo, como desenhos, colagens e gravuras com as fitas adesivas. "A ideia é que nada se perca."

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