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O inventor norte-americano Ray Kurzweil prevê que em poucas décadas os humanos vão se fundir com máquinas, transformando irrevogavelmente a vida tal como a conhecemos.

O documentário "Transcendent Man", que estreou no sábado no Festival Tribeca de Cinema, apresenta a vida de Kurzweil, sua previsão de que o envelhecimento e a morte se tornarão obsoletos, suas motivações e as críticas feitas a ele.

O filme inclui mais de 20 entrevistas, entre elas com o ex-secretário de Estado norte-americano Colin Powell, o também inventor Robert Metcalfe, cientistas e professores universitários de todo o mundo, e o músico Stevie Wonder, que se beneficiou de um invento de Kurzweil de 1976 que possibilita a leitura por cegos.

O diretor do filme, Barry Ptolemy, acompanhou Kurzweil durante dois anos depois de ler seu livro de 2005 "The Singularity Is Near: When Humans Transcend Biology."

Além de muitos prêmios e troféus, incluindo o prêmio mais importante de sua área de atuação - a Medalha Nacional de Tecnologia 1999, que lhe foi entregue pelo ex-presidente dos EUA Bill Clinton - Kurzweill também tem em seu crédito previsões passadas que mostraram ser acertadas.

Entre outras coisas, ele previu corretamente a ascensão da Internet e que um computador seria campeão mundial de xadrez até 1998, previsão essa que se realizou em maio de 1997.

Ao dizer que até o ano 2029 os computadores poderão equiparar-se à inteligência humana em todas as áreas, Kurzweil aponta para a rapidez com que a tecnologia avançou desde que ele era estudante no Massachusetts Institute of Technology, época em que um computador ocupava metade do prédio do instituto.

"O computador que ocupava aquele prédio hoje ocupa meu bolso e dentro de 25 anos caberá numa célula sanguínea, e isso é muito previsível", disse Kurzweil, para quem dentro de algumas décadas humanos terão robôs do tamanho de células circulando em sua corrente sanguínea e somando-se a sua capacidade cerebral.

A combinação da inteligência das máquinas com a inteligência humana será "muito poderosa", disse Kurzweil. "E as máquinas continuarão a crescer exponencialmente em sua capacidade."

Kurzweil acha que essa inteligência artificial será usada para combater as doenças e a pobreza, e não para a guerra e a destruição final dos humanos. Acadêmicos no filme questionam esse otimismo e dizem que as previsões de Kurzweil vão levar muito mais tempo para se realizar, se é que isso vai acontecer.

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