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Em seu novo trabalho, o cantor interpreta canções que nunca havia gravado com arranjos de regional | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
Em seu novo trabalho, o cantor interpreta canções que nunca havia gravado com arranjos de regional| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
  • Lançamento Samba Mesmo Jair Rodrigues. S de Samba/Som Livre. Preço médio: R$ 24 (cada volume). MPB

Uma das marcas de Jair Rodrigues hoje, na ativa aos 75 anos de idade e 50 de carreira, é o seu bom-humor e as estripulias que faz no palco cantando músicas festivas. Mas há um lado mais grave e romântico, nem sempre lembrado, que também faz parte da identidade musical do cantor. Seus três discos da série Antologia da Seresta, lançados em 1979, 1981 e 1983, por sinal, estão entre os mais bem-sucedidos de sua carreira, conforme contabiliza o próprio cantor.

É para este universo seresteiro que Jair Rodrigues se volta em seu novo trabalho, os CDs Samba Mesmo – seu primeiro lançamento desde o CD e DVD Festa para um Rei Negro, de 2009.

Por sugestão de Jair Oliveira – cujo DVD comemorativo aos seus 30 anos de carreira está sendo lançado simultaneamente ao projeto de Jair Rodrigues (leia abaixo) –, o cantor volta a visitar este universo em 26 músicas divididas entre os dois discos, sempre acompanhado por formações mais ligadas às regionais e ao samba-canção tradicional, com músicos como Swami Jr. (violão 7 cordas), Nailor Proveta (clarinete) e Paulo Dáfilin (violão).

"Jairzinho falou dessa ideia de fazer um disco focalizando músicas que eu nunca tinha gravado", conta Rodrigues, em entrevista por telefone para a Gazeta do Povo.

O cantor resgatou ícones do samba, conforme o nome do disco sugere, como "Fita Amarela", de Noel Rosa. Mas também avançou sobre petardos românticos – "Conceição", marco na carreira de Cauby Peixoto, e "Tortura de Amor", de Waldick Soriano, além de "Como É Grande o Meu Amor por Você", autorizada por Roberto Carlos num encontro com Jair Rodrigues em um camarim.

"Sempre cantei essas músicas e sempre gostei dos intérpretes dela que fizeram tanto sucesso", conta Rodrigues.

Para Oliveira, o projeto tem um papel de resgate. "É um estilo que, hoje em dia, no Brasil, tem pouco espaço", diz.

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