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A publicidade ousada que toma conta das avenidas nova-iorquinas não escapou do olhar de Julio Covello | Julio Covello
A publicidade ousada que toma conta das avenidas nova-iorquinas não escapou do olhar de Julio Covello| Foto: Julio Covello
  • Brunno Covello preferiu fotografar os anônimos, como a noiva que posava no alto do GE Building, na 5ª Avenida

A frase "I love New York", que estampa camisetas e outros souvenirs vendidos na metrópole norte-americana ganhou nova versão em uma mostra com abertura hoje, às 19h30, no Espaço Cultural Beto Batata. No lugar do coração que substitui a palavra "love", uma máquina fotográfica.

Eu Fotografo Nova Iorque entitula a reunião de 40 imagens dos fotógrafos Julio e Brunno Covello – 20 de cada um –, escolhidas entre as centenas de cliques disparados enquanto vagavam pelas ruas da Grande Maçã.

A viagem turística de 30 dias, empreendida por pai e filho entre abril e maio deste ano, era um desejo antigo de Covello. "Para um fotógrafo, esse desejo inclui estar o tempo todo com a câmera", diz ele, profissional autodidata com 32 anos de trabalho.

Acompanhado de Brunno, de 24 anos, e do filho mais velho, Gabriel, que agüentou pacientemente as paradas freqüentes dos parceiros para disparar suas câmeras, Covello sentiu-se livre para fotografar sem compromisso. "Fora do país, em ritmo de viagem, as imagens vêm até você, e não o contrário", conta.

A idéia inicial era sair na rua e clicar sem nenhuma intenção temática. Mas, na seleção para a exposição, feita pelo fotógrafo Alberto Vianna, fica claro que cada um registrou Nova Iorque sob uma perspectiva muito própria. "A janela de Brunno é diferente da minha", diz o pai, que prestou mais atenção aos grafismos e a detalhes da arquitetura.

O filho prestou atenção nas pessoas anônimas que via nos parques, nas ruas e até mesmo nos terraços dos prédios. No mirante do GE Building, o mais alto dos 19 edifícios que compõem o Rockfeller Center, na 5ª Avenida, Brunno fez dobradinha com o fotógrafo contratado para registrar as poses de uma noiva (veja foto nesta página). "Havia muito de 'roubar' a foto. Quando você vê, já clicou", explica Julio.

O "roubo", no entanto, nem sempre era bem encarado por suas, digamos,"vítimas". Covello conta que, quando foram fotografar um cachorro, perguntaram o nome dele ao dono. A resposta veio ferina: "É Rex e é privado". Chegaram até a levar um pito do ator Michael Douglas, depois que Brunno flagrou a mulher do astro, Catherine Zeta-Jones, ao estilo paparazzo, quando saíam de um loja. "Come on!", disse Douglas.

Não se verão cartões-postais na exposição de Covello e Brunno, no Beto Batata. Seria mais do mesmo, já que Nova Iorque é uma das cidades mais fotografadas do mundo. "Procuramos filtrar imagens que refletissem características essenciais da fotografia de cada um", conta o pai.

Serviço:

Eu Fotografo Nova Iorque. Espaço Cultural Beto Batata (R. Professor Brandão, 678). 40 obras dos fotógrafos Julio e Brunno Covello. Hoje, às 19h30. Horário de visitação: diariamente, do meio-dia à meia-noite. Até 2 de dezembro.

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