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Fiani é o provável substituto de Monica Rischbieter. | Arquivo/ Gazeta do Povo
Fiani é o provável substituto de Monica Rischbieter.| Foto: Arquivo/ Gazeta do Povo

A Associação de Músicos da Orquestra Sinfônica do Paraná (Amosp), o Balé Teatro Guaíra e a Escola de Dança entregaram nesta terça-feira (3), ao governador Beto Richa, uma carta que pede que a atual diretora da instituição, Monica Rischbieter, seja mantida no cargo. Boatos entre a classe artística dão conta de que ela seria substituída pelo dramaturgo João Luiz Fiani.

De acordo com o presidente da associação da OSP, Sebastião Interlandi Junior, que redigiu a carta junto com Zeca Neto, vice-presidente da Amosp, os corpos estáveis do teatro se preocupam com a mudança por conta de um processo em andamento para alterar a natureza jurídica da gestão da OSP e Balé para um Serviço Social Autônomo (SSA) (o teatro continua uma autarquia). Isso é necessário pois, sem concurso público há 22 anos, ambos vêm funcionando com cargos comissionados.

A prática, criada em 2005 (pela lei 14.054), é questionada pelo Ministério Público do Paraná, que entrou com uma ação direta de inconstitucionalidade, o que pode deixar a lei inconstitucional. Com a SSA os músicos, hoje comissionados (dos 70 da OSP, 30 são cargos em comissão), poderiam ser contratados via CLT.

"Ninguém questiona a nomeação, é um cargo de confiança e o governador nomeia quem ele quiser. O que nos preocupou é que essa transição para a OSP e o Balé, que deve durar mais esse ano, é um projeto que está sendo muito bem conduzido pela Monica. Ela vem trabalhando com competência, e acreditamos que ela é a melhor pessoa para terminar esse processo. É trocar o comandante no meio da tempestade", salienta o presidente da Amosp. "Nada contra algum mérito que o Fiani possa ter, mas estamos convictos que, neste momento, ela é a melhor pessoa para o cargo, do ponto de vista da OSP e do Balé. Estamos tentando reverter o que está sendo cogitado", diz.

Segundo Interlandi Junior, a carta, encaminhada ao governador Beto Richa por meio do secretário da Cultura, Paulino Viapiana, também foi entregue para a primeira-dama e secretária de Estado da Família e Desenvolvimento Social, Fernanda Richa, e para o secretário chefe da Casa Civil, Eduardo Francisco Sciarra.

A atual diretora do Teatro Guaíra foi procurada, mas não quis comentar o assunto.

O nome mais provável para substituir Monica Rischbieter na direção do Teatro Guaíra é João Luiz Fiani. O ator, dramaturgo e cenógrafo diz que a mudança foi "comentada" pelo governador Beto Richa há um tempo, e que teria, sim, interesse em assumir o posto. "Eu comecei no [Teatro] Guaíra com 15 anos. Hoje tenho 50, faças as contas e veja há quanto tempo lido com o Guaíra", disse Fiani. "Chega uma hora em que temos que assumir certas responsabilidades e trabalhar com o lugar que a gente ama", completou.

Fiani preferiu não comentar sobre possíveis alterações no SSA ou adiantar outras medidas que teria para o espaço. "Assim que houver uma posição oficial do governo, com certeza eu falo", avisou.

João Luiz Fiani é proprietário dos teatros Lala Schneider, Casa de Teatro Edson D'Ávila, Cia. Máscaras de Teatro, Metáfora Cia. de Teatro, Teatro dos Comediantes e da escola de teatro Núcleo de Profissionalização Teatral. O dramaturgo é conhecido por suas peças populares, como A Gorda e o Anão, a Tarada do Boqueirão, e Casa do Terror.

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