Nesta quinta-feira à noite foi exibido o último filme brasileiro no Festival de Berlim, "Atos dos homens", de Kiko Goifman, que passou às 20h, na mostra Forum. O documentário, que conta a história da chacina de Nova Iguaçu e Queimados em 2005 deixou a platéia do cinema Arsenal desconcertada.
O cineasta contou que teve a idéia de fazer o filme depois de assistir a "Atos de Deus", de Peter Greenaway, que fala de pessoas que foram atingidas por raios e sobreviveram. A princípio, ele trataria de sobreviventes de três chacinas brasileiras, Carandiru, Vigário Geral e Eldorado dos Carajás. Poucos dias antes da filmagem, porém, aconteceu a tragédia na Baixada Fluminense e obrigou Goifman a mudar o foco do documentário.
O filme foi bastente aplaudido, mas deixou a platéia alemã confusa. Houve quem acreditasse que a culpa do massacre tivesse sido do governo Lula. Goifman explicou que sua intenção era justamente mostrar que este era um problema antigo do Brasil, que grupos de extermínio e esquadrões da morte agiam impunemente há tempos no país. O diretor falou também do medo que ele e sua equipe sentiram durante as filmagens e do seu receio sobre o lançamento do filme no Brasil.
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