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Clube do Livro Letters fala para  fãs do bruxinho - alguns ainda não  iam comprar o livro, mas matavam a saudade de participar de eventos do tipo | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Clube do Livro Letters fala para fãs do bruxinho - alguns ainda não iam comprar o livro, mas matavam a saudade de participar de eventos do tipo| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

O lançamento mundial de “Harry Potter and the Cursed Child – Parts 1 and 2” no domingo (31) matou, além da vontade por novidades, a saudade que os potterheads tinham em se reunir em longas discussões, explicações e teses sobre a saga criada por J.K. Rowling. Novatos afiadíssimos e veteranos do Universo Bruxo tiraram suas vestes, varinhas e cachecóis coloridos do armário e se reuniram durante todo o fim de semana para esperar- ou discutir, evitando spoilers, o lançamento do oitavo livro da saga

É o caso da advogada Jeniffer Primão, 29 anos, que foi à livraria Saraiva do Shopping Crystal com a irmã, Emilie, 22, ainda no sábado para esperar pelo início das vendas, liberado apenas um minuto após a meia-noite. “Acho que o fato de a história de “Cursed Child” ser baseada nos filhos dos personagens que já conhecemos mostra que o mundo de Hogwarts tem muita força ainda. Tem muito ainda a ser explorado”, aposta Jeniffer, que incluiu uma relíquia da morte como detalhe de uma delicada tatuagem que tem no ombro.

Potterheads solidários

A festa que comemorava o aniversário de Harry e J.K, organizado no sábado pelo Clube da Alice, reuniu feirinha de artigos e uma gincana que dividiu os jogadores por Casas (os vencedores foram os sábios da Corvinal). O evento, organizado no OrbitCity Coworking, arrecadou mais de 3.000 peças de roupa que serão repassadas para o IPCC (Instituto Pró-Cidadania de Curitiba).

Do lado dos novatos, estava Daniel Neuwert Bittencourt, 16 anos, que começou a ler a saga aos 9 anos, 2 anos após o lançamento de “Relíquias da Morte”, o último livro, que encerrava a história como conhecemos. “Esse ‘retorno’ é um tiro no coração de todo fã. Estou muito feliz de encontrar outros potterheads para falar sobre isso. Nunca tinha ido a nenhuma reunião desse tipo”, conta ele.

A expectativa era tamanha que mesmo quem ainda não ia comprar o livro – preferindo aguardar pela versão em português ou pelo próximo salário– fez questão de comparecer aos eventos. É o caso de Jaqueline Hain, 17 anos. Grávida de seis meses, ela espera dar à luz a um novo fã. “Dizem que o bebê pode ouvir a voz da mãe, então eu leio a versão ilustrada em voz alta”, conta.

Leitura na madrugada

O fim de semana foi de muito trabalho para o Clube do Livro Letters, que comandou a ‘vigília’ na Saraiva. Para Nayara Sevciuc, 24 anos, uma das integrantes, isso ainda foi mais extremo. Ela falou por horas ao lado da irmã, Nathalia, 27, e do cunhado, Allan Ribeiro, 25, mas, mesmo assim, não conseguiu dormir e devorou o livro ainda durante a madrugada. “Eu não esperava gostar tanto”, confessa ela, que manteve as expectativas bem realistas. No domingo à tarde, conseguiu energia para ser uma das mais animadas do quiz promovido pelo fã-clube Potterish na Livraria Cultura.

Harry Potter, versão mídia social

Os integrantes do fã-clube Potterish de Curitiba tiveram a missão de discutir sobre o livro, em reunião na Livraria Cultura, quando as vendas já estavam a todo vapor. “Keep the secrets” (guarde os segredos), um dos apelos de J.K. Rowling aos fãs que já assistiram à peça – e que já acabaram o livro em poucas horas, tem sido tarefa difícil. Nove anos após o lançamento de “Relíquias Mortais”, as mídias sociais não costumam ser ambientes bons para quem gosta de se surpreender durante a leitura. “Spoilers realmente são um lado ruim dos novos tempos, mas as vantagens de divulgação superam isso”, acredita o publicitário João Paulo Jovanaci, que faz parte da equipe de mídias socias do fã-clube.

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