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O Som da Montanha

Yasunari Kawabata. Estação Liberdade, 344 págs., R$ 53. Romance.

Nessa longa narrativa, o escritor japonês Yasunari Kawabata (1899-1972) problematiza o impasse de Shingo Ogata, um personagem chefe de família que enfrenta, com muita dificuldade, a decadência moral de seus descendentes. O Som da Montanha faz parte de uma trilogia, que se completa com O País das Neves e Mil Tsurus, também publicados pela Estação Liberdade. Lidos em conjunto, os livros mostram a elaborada linguagem desenvolvida pelo autor, vencedor do Prêmio Nobel de Literatura em 1968.

O Leão e o Chacal Mergulhador

Anônimo. Globo, 272 págs., R$ 30. Fábula.

Mamede Mustafa Jarouche realizou mais uma proeza. Depois de traduzir, diretamente do árabe, o Livro das Mil e Uma Noites, fato que lhe rendeu vários prêmios, agora verte para o português outro clássico oriental. O Leão e o Chacal Mergulhador, finalizado no final do século 12 em Bagdá, funde tratados políticos, provérbios, breves contos, com críticas aos costumes, a exemplo do que foi realizado por Esopo com as suas magistrais fábulas clássicas, mas, neste caso, com o acento do Oriente.

Biblioteca

Gonçalo Tavares. Casa da Palavra, 184 págs., R$ 35. Romance.

O premiado e prolífico (autor de dezenas de obras) escritor português Gonçalo Tavares, de 39 anos, sempre surpreende. Em Biblioteca, ele apresenta aproximadamente 300 autores da literatura, do mundo e do Brasil. O narrador cita um nome, Kafka por exemplo, e então a voz narrativa assume a dicção e a personalidade artística do escritor citado. Tavares faz uma mistura de elogio, homenagem e declaração de amor a grandes nomes que fazem da literatura uma das grandes artes entre todas as manifestações humanas.

O Mais Potente dos Afetos: Spinoza e Nietzsche

André Martins (org.). WMF Martins Fontes, 184 págs., R$ 29,80. Filosofia.

A partir de uma carta, em que Nietzsche afirma que Spizona foi seu único percursor, André Martins, coordenador do grupo de Pesquisas Spinoza & Nietzsche, organizou uma obra instigante. Vários especialistas, brasileiros e estrangeiros, foram convidados para comentar com profundidade temas ligados aos dois autores: libre-arbítrio, ordem moral do mundo, desinteresse e o mal. De maneira geral, essa obra ilumina uma ideia que liga Spinoza a Nietzsche: a de que o conhecimento é o mais potente dos afetos.

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