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As Religiões do RioJoão do Rio(José Olympio Editora, 308 págs., R$ 30). História.

Há cerca de três décadas fora de catálogo, As Religiões do Rio é uma compilação de reportagens publicadas na Gazeta de Notícias, do Rio de Janeiro, entre janeiro e março de 1904. O autor era um jovem jornalista chamado João Paulo Coelho Barreto, mais conhecido pelo pseudônimo que adotou nessa época de João do Rio (1881 – 1921). Depois de sair na imprensa, os textos viraram livro dois anos depois pela renomada Garnier. "A religião? Um misterioso sentimento, misto de terror e de esperança, a simbolização lúgubre ou alegre de um poder que não temos e almejamos ter", diz a introdução. A edição, com notas, organização e apresentação de João Carlos Rodrigues, marca o centenário de sua publicação.

As Raízes e o Labirinto da América LatinaSilviano Santiago(Rocco, 256 págs., R$ 31). Crítica literária.

Silviano Santiago, escritor, ensaísta e crítico literário, usa Raízes do Brasil (que completa 70 anos de sua primeira publicação), do brasileiro Sérgio Buarque de Holanda, e O Labirinto da Solidão, do mexicano Octavio Paz, para exercitar uma nova compreensão da América Latina. O autor presta uma dupla homenagem aos intelectuais que pensaram o legado latino-americano e cria uma interpretação inédita de suas obras. A partir dos aparentes protagonistas de cada livro – o barão que definiria o Brasil pela herança ibérica e, em contraste, o pachuco (estereótipo do americano de origem mexicana) que definiria o mexicano como um pária –, Santiago mostra como os autores rebatem suas próprias premissas e revela o que chama de "inconsciente do texto".

Claro como o Dia – Como a Certeza da Morte Mudou a Minha VidaEugene O’Kelly(Tradução de Regina Lyra. Nova Fronteira, 160 págs., R$ 22). Autobiografia.

Um executivo de sucesso descobre, quando alcança o ponto máximo de sua carreira, que tem apenas três meses de vida. O prazo curto foi dado em maio de 2005 a Eugene O’Kelly, então presidente de uma das maiores empresas de consultoria do mundo, a KPMG. O diagnóstico de câncer no cérebro não o fez perder o hábito de planejar tudo, mas foi mudando sua forma de encarar a vida que o executivo conseguiu transformar seus últimos dias nos melhores que já tinha vivido, superando o drama da morte anunciada. As lições que aprendeu são contadas em Claro como o Dia, obra finalizada por sua viúva, Corinne. Entre as decisões que tomou, está a demissão do emprego, depois de 33 anos de carreira.

Confissões de um BurguêsSándor Márai(Tradução de Paulo Schiller. Companhia das Letras, 456 págs., R$ 54). Autobiografia.

Traduzido direto do húngaro por Paulo Schiller, Confissões de um Burguês são as memórias de Sándor Márai (1900 – 1989), escritas quando tinha apenas 34 anos de idade. Nessas três décadas de vida, ele rompeu com a família, a Europa enfrentou a primeira das suas guerras mundiais e o sistema de valores em que ele foi criado se acabou. Como jornalista, escreveu para periódicos alemães e húngaros. Também na época de suas memórias, era considerado um dos principais romancistas de língua húngara. A obra pode ser classificada também como um romance de formação, no qual o autor apresenta e analisa sua casa e sua família, os antepassados que o forjaram, a formação escolar e as diversas cidades em que viveu até resolver voltar. Ele se suicidou sete meses depois da morte da mulher.

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