Lançamentos

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BraggtownBranford Marsalis Quartet (Universal)

Branford Marsalis é quase a antítese de seu irmão, Wynton. Enquanto este defende que o jazz deixou de existir em meados dos anos 60, o saxofonista Branford está mais interessado em ver o que será do gênero de hoje em diante. O que explica sua inspiração vir de outro saxofonista, John Coltrane (1926 – 1967), sujeito que morreu brigando com suas limitações sempre em busca de algo que ninguém sabia bem o que era (nem ele, provavelmente). Branford, no sax (tenor e soprano), é acompanhado por Joey Calderazzo (piano), Eric Revis (baixo) e Jeff Watts (bateria). Algumas faixas do disco são de arrepiar – ouça "Hope" e "Blakzilla" para ver do que se trata. Braggtown, para constar, é um bairro na cidade de Durham, Carolina do Norte. (IN) GGGG

Acústico MTV Zeca Pagodinho 2 – GafieiraZeca Pagodinho (Universal)

Já virou esculhambação. Não bastasse usar o formato desplugado a torto e a direito para descolar uns trocados, a MTV agora lança um Acústico Zeca Pagodinho 2 ("A Missão"?). Mas, para o bem geral da nação, a chancela da emissora musical é apenas um pretexto para a produção de um projeto ambicioso, sem os hits manjados do sambista – que, no últimos anos, está em todas. Acompanhado de um time de 31 músicos, Pagodinho resgata a tradição do samba de gafieira interpretando temas próprios e de gente como Cartola, Monarco, Arlindo Cruz e Jorge Aragão. O resultado, classudo, agrada até quem não agüenta mais ouvir falar do cantor. (OG) GGG

Super DuperTrash Pour 4 (MCD)

É legal uma banda fazer uma cover ou outra de vez em quando, acrescenta em seu repertório. Mas um disco inteiro de covers? Ok, isso vende e o público parece gostar muito (que o digam os reis Emerson Nogueira e Danni Carlos). Os paulistanos do Trash Pour 4 pegaram a onda e adicionaram um pouco de molho na fórmula, jogando as canções selecionadas (um verdadeiro balaio que vai de "Like a Virgin", de Madonna, a "Não se Vá", de Jane & Herondy) em outros ritmos, convidando gente bacana para dividir os vocais (Fernanda Takai, Maurício Pereira). Não é ruim, há alguns acertos, mas, no final, a mistura soa muito afetada. A sensação é de que tudo foi milimetricamente pensado para ser extremamente cool, tanto que se torna chato. (RF) GG