...Quero Mais É Que Se Danem!
Mario Lorenzi. Estação Liberdade, 294 págs., R$ 43. Romance.
O italiano Mario Lorenzi, de 83 anos, veio para a América Latina em 1949. Depois de passar pela Argentina, se radicou no Brasil e trabalhou em áreas tão diversas quanto jazzista e cônsul. ...Quero Mais É Que Se Danem!, seu 11.º livro, fala de dois amigos octogenários muito lúcidos que repassam suas vidas, acompanhados do neto de um deles. Os dois procuram refletir sobre o mundo atual, sem evitar o sarcasmo e a ironia, mas também se dedicam a lembrar passagens tocantes, como a da resistência italiana durante a Segunda Guerra Mundial.
Shakespeare e a Economia
Gustavo H. B. Franco e Henry W. Farnam. Zahar, 232 págs., R$ 36. Economia.
O volume reúne dois ensaios, escritos em épocas distintas, que mostram como as finanças e os aspectos econômicos e empresariais estavam presentes na obra e na vida de William Shakespeare (1564-1616). Gustavo H. B. Franco, ex-diretor do Banco Central, fala nos dias de hoje sobre a economia do teatro, da linguagem e das companhias teatrais, sua organização e seus resultados financeiros. Ele oferece cálculos para provar que Shakespeare teria morrido muito rico. O americano Henry Farnam, em texto de 1931, discorre sobre a economia dentro das peças do dramaturgo inglês.
A Energia Espiritual
Henri Begson. WMF Martins Fontes, 218 págs., R$ 42,60. Filosofia.
Vencedor do Prêmio Nobel de Literatura em 1927, o francês Henri Bergson (1859-1941) escreve, nas suas palavras, "com uma ousadia prudente", acabando com a "metafísica ruim que atrapalha nossos movimentos". Preocupado com a ciência do espírito, o autor fala, nesta série de conferências, sobre a relação da consciência com a vida, da alma com o corpo, sobre o sonho, cérebro e pensamento. Professor de Filosofia disposto a se aventurar no âmbito das realidades psicológicas, Bergson escreveu também Memória e Vida, Matéria e Memória, Duração e Simultaneidade, entre outros.
Inteligência com Dor
Luís Augusto Fischer. Arquipélago, 336 págs., R$ 39. Crítica literária.
A partir de uma ideia lançada pelo professor de cinema Aníbal Damasceno Ferreira, para quem Nelson Rodrigues (1912-1980) é o "Montaigne do Brasil", em referência ao francês fundador do gênero ensaio, o escritor e crítico Luís Augusto Fischer se desbruçou sobre as crônicas do autor de A Menina sem Estrela com a intenção de estudá-las dentro da tradição do ensaio. O livro de Fischer procura elevar as crônicas de Rodrigues a um patamar mais alto, usando os textos publicados em O Óbvio Ululante, A Cabra Vadia, O Reacionário e O Remador de Ben-Hur.
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