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Sting: sem dom para as rimas | Arquivo Gazeta do Povo
Sting: sem dom para as rimas| Foto: Arquivo Gazeta do Povo

Latinas

• Cada caixa de Roberto Carlos Pra Sempre em Espanhol, com 11 CDs, custa em média R$ 320 – mas alguns sites de vendas estão dando bons descontos no material.

• O primeiro disco, Roberto Carlos Canta a La Juventud, de 1965, apresenta alguns sucessos da Jovem Guarda vertidos para o espanhol, como "Es Prohibido Fumar".

• Os álbuns seguintes também destacam versões de grandes sucessos, mas o foco são as músicas românticas do Rei.

• A partir de Robertos Carlos, de 1977, os registros para o mercado internacional são versões integrais dos tradicionais discos "natalinos" lançados anualmente por RC.

São raros os músicos brasileiros que conseguem sucesso no mercado de língua espanhola – o outro lado da moeda é ainda mais complicado, pois, por aqui, dificilmente se escuta alguma canção de algum artista latino. A exceção, como não podia deixar de ser, é o Rei Roberto Carlos, que também tem uma sólida carreira nos países latinos, como indicam as caixas Roberto Carlos Pra Sempre em Espanhol – Vol. 1 e Vol. 2, que chegam agora no mercado brasileiro. O material dá continuidade ao projeto da Sony & BMG de resgatar toda a discografia de RC em CDs remasterizados – já foram lançadas caixas relativas aos discos dos anos 60, 70, 80 e 90/00; a próxima caixa irá cobrir as gravações do artista em italiano, inglês e francês.

Pra Sempre em Espanhol destaca 22 álbuns, edições lançadas especialmente para os mercados latino-americano, dos EUA e da Espanha e Portugal, todas inéditas no Brasil. O primeiro registro é Roberto Carlos Canta a La Juventud, de 1965, com versões de alguns sucessos da época da Jovem Guarda, como "Es Prohibido Fumar", "Naci pra Llorar" e "Mi Cacharrito" ("O Calhambeque"), músicas que trazem os mesmo trejeitos das interpretações do Rei que faziam a festa da juventude brasileira na década de 60.

Depois dessa primeira incursão, há um hiato de sete anos na produção "espanhola" de RC. Un Gato em La Oscuridad surge em 1972, na esteira do sucesso da vitória do Rei no Festival de San Remo, na Itália, em 1968, com "Canzone per Te", de Sergio Endrigo e Sergio Bardotti. A fórmula é a mesma: grandes sucessos vertidos para o castelhano, mas o foco são as músicas mais românticas, seguindo o direcionamento da carreira do artista na época – e que foi mantida desde então. O destaques do disco fi-cam por conta de "Amada Amante", "Yo te Amo, Yo te Amo", "Jesus Cristo" e "Detalles".

Seguem mais quatro álbuns – Roberto Carlos (1973), El Dia Que me Quieras (1974), Quiero Verte a mi Lado (1975) e Tu Cuerpo (1976) –, ainda compilando sucessos – ""La Montaña", "Propuesta", "Es Preciso Saber Vivir", "El Portón", "Detrás del Horizonte" –, mas destacando também clássicos da música latina como "El Dia Que Me Queiras" (Carlos Gardel/Alfredo Le Pera) e "El Humahuaqueño" (Zaldivar). As gravações passam a ser melhor produzidas, com boa parte das faixas sendo registradas em estúdios americanos – e Roberto Carlos aparece mais à vontade cantando em espanhol.

A partir de Roberto Carlos, de 1977, os discos em espanhol passam a ser versões integrais dos tradicionais álbuns anuais lançados pelo Rei na época de Natal – só mudando a ordem das faixas. Segundo o pesquisador Marcelo Fróes, responsável pela organização das caixas, o sucesso do Rei era grande e os discos chegavam no mercado mundial ainda no primeiro semestre do ano, para que o músico pudesse agendar a grande quantidade de shows e participações em televisão que eram requisitadas no verão do Hemisfério Norte (a partir de junho).

O último disco da primeira caixa é o Roberto Carlos de 1981 (1980, no Brasil), no início da fase de declínio musical da carreira do artista. A segunda caixa cobre os 11 discos em espanhol lançados entre 1982 e 1993.

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