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A obstinação de Hitler em não ceder, afirma o historiador, era uma repetição do tema incansável da “carreira” política do ditador. Ele havia prometido desde o início que a Alemanha não passaria outra vez por uma rendição como a de 1918, em Versalhes, que considerava vexaminosa. Para Hitler, se a Alemanha tinha sido fraca na guerra, merecia perecer – mas precisava lutar até o fim.

Livro conta os últimos dias do regime nazista de Hitler

Por que os alemães não desistiram? Essa é a pergunta levantada pelo britânico Ian Kershaw na obra “O Fim do Terceiro Reich”

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A conclusão de Kershaw é de que os alemães civis não tinham condições de fazer uma revolução para tirar os nazistas do poder, principalmente porque o nazismo tinha criado mecanismos poderosos e onipresentes de repressão a quem quer que tentasse contestar o regime. Além disso, a população realmente achava que o piro para o país não era seguir sob Hitler, mas cair nas mãos dos soviéticos. É preciso não esquecer que, ainda que com um regime ditatorial, as pessoas estavam tentando salvar seu país, não num sentido abstrato, mas para proteger suas casas e famílias contra saques e assassinatos.

Quanto aos soldados e à cúpula do nazismo, estavam mesmerizados por Hitler, mas, mais do que isso, estavam vigiados por um sistema de dominação que haviam aceito ao longo dos anos e que colocava o ditador numa posição única de determinar a vida e a morte de cada alemão e de seu povo.

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