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Literatura

Luis Fernando Verissimo escreve sobre as mentiras femininas

Novo livro do colunista da Gazeta do Povo atende a pedidos dos leitores e é uma continuação de “As Mentiras Que os Homens Contam”

“Gosto das mentiras improváveis”, diz Verissimo. | Divulgação
“Gosto das mentiras improváveis”, diz Verissimo. (Foto: Divulgação)

A mulher que tem 34 anos mas diz ter 52 (“completos”) para ser elogiada por parecer quase 20 anos mais jovem.

A que atravessa a cidade disfarçada para trair o marido, usando cachecol em pleno verão, mas acaba refém de um bandido numa fuga transmitida em rede nacional.

A que tenta convencer a neta de que teve um longo currículo de conquistas amorosas, do ator mexicano Gilbert Roland ao rei Juan Carlos da Espanha.

Essas são algumas das protagonistas da nova coletânea de Luis Fernando Verissimo, “As Mentiras Que as Mulheres Contam”, que chega às livrarias nesta quinta-feira (8), pela editora Objetiva, com o humor que é marca registrada do escritor e colunista da Gazeta do Povo.

O livro é a continuação de um dos maiores best-sellers do autor, “As Mentiras Que os Homens Contam”, lançado pela mesma editora em 2000. Depois de retratar as falsidades do universo masculino naquela obra, Verissimo reuniu textos antigos e recentes no novo volume para atender demanda de seus leitores.

“Quando saiu “As Mentiras Que os Homens Contam”, me perguntavam muito quando viria um livro sobre as mentiras das mulheres, e eu respondia que nunca, porque seria um livro grande demais. Mas, no fim, ele saiu do mesmo tamanho do outro. Acho que empatamos”, diz o escritor, de 79 anos, que enxerga uma diferença entre o modo de mentir masculino e o feminino. “Gosto das mentiras improváveis, sustentadas heroicamente contra todas as evidências em contrário. O homem faz mais isso do que a mulher.”

As histórias do novo livro trazem algumas “mentiras improváveis”. Algumas terminam em tragédia, como em “Isabel”, raro texto sombrio na obra solar de Verissimo, com uma protagonista que finge ser outra pessoa para conquistar um homem cego. Outras flertam com o absurdo, como na história da mulher-fantasma que assombra os bailes semanais do Clube dos Subgerentes, na Barra da Tijuca, em busca de um par de dança.

A maior parte do livro, porém, é composta pelas observações concisas e irônicas sobre o cotidiano que os leitores de Verissimo aprenderam a admirar desde 1969, quando ele começou a publicar crônicas no jornal gaúcho “Zero Hora”. São aquelas mentiras prosaicas, que passam quase despercebidas, como o uso da expressão “um minutinho” para enrolar alguém indefinidamente ou o sorriso amarelo para o presente de mau gosto.

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