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Literatura

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Editor de artes da BBC mostra como explorar a criatividade no dia a dia e se inspirar em gênios como Picasso

 | Obra de Steinberg no traço de Osvalter Urbinati
(Foto: Obra de Steinberg no traço de Osvalter Urbinati)

Há uma aura romântica que cerca a vida dos artistas. Pessoas desapegadas de regras, que vivem da contemplação do mundo até que venha a inspiração e bang! Temos uma obra-prima.

Mas quem vive da arte sabe que não é bem assim. Na verdade, não é nada assim, como nos mostra o britânico Will Gompert em seu livro “Pense como um artista”.

O título é um recado direto para todos nós que vemos artistas apenas como criaturas afortunadas, abençoadas com o dom de construir obras maravilhosas.

É claro que Leonardo da Vinci, Picasso, Rembrandt e Caravaggio, entre tantos outros, tinham um talento incomparável, que fizeram deles gênios. Mas engana-se quem pensa que viveram unicamente da inspiração.

Você sabia que Picasso ‘copiou’ vários pintores até conseguir definir seu estilo único?

Como enfatiza Gompertz – que é editor de artes da rede de tevê BBC –, todos tiveram de suar muito para chegar onde chegaram: erraram um bom tanto, passaram por momentos de fraqueza, sentiram-se inseguros e precisaram ter pelo menos um pouco de disciplina.

“O que tende a diferenciá-los e lhes dá sua força e propósito não é a criatividade em si – isso todos nós temos. É o fato de terem encontrado para ela um foco, uma área de interesse que estimulou sua imaginação e forneceu um veículo para seus talentos”, diz Gompertz logo no início de “Pense como um artista”.

Usando o exemplo de vários talentos consagrados, o autor mostra como é possível seguir alguns de seus passos não para produzir obras-primas, mas para sermos melhores profissionais – sejam donas de casa, engenheiros ou programadores de computador.

Tudo de maneira leve e didática, no bom sentido.

Os nove primeiros capítulos são divididos em artistas “empreendedores”, que “não fracassam”, que “são céticos”, que “param para pensar” e por aí vai.

Por exemplo: você sabia que Picasso “copiou” vários pintores até conseguir definir seu estilo único? Ou que Michelangelo aceitou resignado e pouco confiante a pintura da Capela Sistina?

São exemplos que podem servir para a vida cotidiana. E, como diz Gompertz, não precisa ser gênio para achar uma boa saída.

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