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Tudo começou com uma rajada de balas e terminou com um inferno disfarçado de paraíso - entre "Bonnie e Clyde" (1967) e "O Portal do Paraíso" (1980), o cinema americano viveu seu último apogeu criativo, construído por jovens talentos como Martin Scorsese, Francis Ford Coppola, George Lucas, Steven Spielberg e vários outros. "Se alguma vez houve uma década de diretores, foi a de 70", sustenta o jornalista Peter Biskind, que fez inúmeras pesquisas e entrevistas para escrever "Como a Geração Sexo-Drogas-e-Rock’n’roll Salvou Hollywood: Easy Riders, Raging Bulls", que a editora Intrínseca lançou no final de semana, com tradução de Ana Maria Bahiana.

Publicado originalmente em 1999, trata-se de um retrato meticuloso e escabroso de como uma geração de cineastas assumiu o controle da produção cinematográfica americana depois da falência dos grandes estúdios. Rapidamente batizado de Nova Hollywood pela imprensa, o movimento, além de legar um conjunto de filmes históricos, ensinou muito sobre o atual funcionamento de Hollywood.

Nesta fase, surgiram filmes como "O Poderoso Chefão" e "Taxi Driver", até que o estrondoso sucesso de "Guerra nas Estrelas" e o fracasso de "O Portal do Paraíso" levaram os executivos a retomar as rédeas e criar um estilo de produção mais cauteloso e menos original.

Em entrevista por e-mail, o autor diz que continua "por trás do livro". "Desde que ele foi publicado aqui, houve uma certa folga com algumas pessoas garantindo que os filmes realizados nos anos 60 e 70 não eram tão bons assim, o que considero uma tremenda bobagem. Foi uma era de ouro e, a julgar pelo atual caminho do cinema, a última."

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