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Dia Desmanchado quer dar nova vida a gestos cotidianos | Divulgação
Dia Desmanchado quer dar nova vida a gestos cotidianos| Foto: Divulgação

Programação

Confira a programção completa do FILO 2011 no Guia Gazeta do Povo

A 43.ª edição do Festival Internacional de Londrina (Filo) começa amanhã, apresentando um microcosmo representativo do teatro contemporâneo da cidade, do país e do mundo.

A abertura, pela primeira vez, fica a cargo do Ballet de Londrina, companhia com 18 anos e 22 espetáculos de estrada. O grupo estreia nacionalmente A Sagração da Primavera, obra que rompeu com o academicismo no início do século 20, elaborada em conjunto pelos russos Ígor Stravinsky, compositor, e Vaslav Nijinsky, coreógrafo.

Na trama, uma virgem é oferendada aos deuses em troca da fertilidade da terra. "Nosso objetivo não é sermos inéditos ou de vanguarda, e sim manter uma identidade de companhia contemporânea", conta o diretor Leonardo Ramos. Por identidade, ele entende a dança como objetivo máximo, sem flertes com outras linguagens, muito recorrentes hoje, e com economia de cenário e figurino. A professora do grupo é Carla Reinecke, ex-diretora do Balé do Teatro Guaíra.

Também integrante da cena londrinense, a Cia. Imago Teatro de Animação apresenta Capítulo XXVI– Continua a Graciosa Aventura do Homem dos Títeres e Outras Coisas Boníssimas. Especializado em bonecos, o grupo foi encontrar no interior do romance Dom Quixote – mais especificamente, no capítulo 26 – uma fábula contada por um marionetista.

Para recontar a história, em que a filha do rei está apaixonada por um príncipe, mas é raptada por um mouro, são usadas marionetes de madeira, esculpidas pelo diretor Mauro Rodrigues. "O fato de o festival apresentar outra peça baseada em Dom Quixote [na mostra internacional] indica o quando a obra alimenta nosso imaginário", disse Rodrigues à Gazeta do Povo.

De Curitiba, esta edição tem Antes do Fim, trabalho que a Companhia Marcos Damaceno estreou em 2010 e que relê o mito de Ifigênia. Trabalhos que tiveram estreia nacional no Festival de Curitiba também aparecem na grade, como Tio Vânia (aos !ue Vierem Depois de Nós), do mineiro Grupo Galpão, Sua Incelença, Ricardo III, dos potiguares do Clowns de Shakespeare, e Murro em Ponta de Faca, dirigido por Paulo José.

Entre as atrações internacionais, Hand Stories se destaca pela improvável parceira entre a China e a Suíça, que resulta em um trabalho com bonecos inusitado.

Com o objetivo de representar a cena nacional cada vez mais, o Filo traz pela primeira vez o Teatro Torto, de Porto Alegre. Dia Desmanchado apresenta um homem que ensaia um encontro com uma mulher. "É uma reflexão de como o tempo muda a vida e age sobre nós", conta a diretora Tatiana Cardoso. Com rupturas de espaço e de tempo que operam modificações na história, a peça utiliza um gestual não naturalista e distorcido, que resulta numa sensação de alucinação.

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