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Após The Reminder, Feist passou dois anos sem compor: pausa para viver uma vida normal | Divulgação
Após The Reminder, Feist passou dois anos sem compor: pausa para viver uma vida normal| Foto: Divulgação

"Trabalho à frente do sucesso"

Feist conta sobre o processo de criação de algumas de suas canções, em declarações divulgadas por sua produção:

• "The Bad In Each Other": É como um retorno, por isso eu queria que fosse a primeira canção [do disco]. Ela é mais pesada, explode no começo do álbum e conta como todo o trabalho vai ser. A percussão é bastante elementar e simples, mas gigante, como uma avalanche. No refrão, canto com um dos meus cantores favoritos, Bryan Webb, um canadense de uma banda incrível chamada The Constantines.

• "How Come You Never Go There": Escrevi essa música bem quieta e lentamente. Quando você está compondo um álbum inteiro, consegue observar quais pedaços estão faltando sonoramente. Não havia, até então, muito de "sente-se e relaxe". Então, levei essa canção para a banda e todos fizeram os arranjos, com diferentes instrumentos e improvisação.

• "Bitter Sweet Memories": Esse foi o capítulo seguinte da história de parceria entre Mocky e eu. O último capítulo, "So Sorry", de "The Reminder", foi escrito enquanto lutávamos contra nossas lágrimas. Para esse capítulo mais recente, usamos um jazz-standard, com abordagem narrativa.

• "Anti Pioneer": Escrevi essa canção antes de gravar "Let It Die", portanto é a canção mais antiga de Metals. Sempre a tive no meu bolso, mas não havia encontrado, até então, a situação ideal para usá-la. Tentei até gravá-la para "Let It Die" e "The Reminder", mas não deu certo. Agora, ela encontrou a sua moradia.

• "A Commotion": A música é a personificação do momento no qual você diz "isso está tão errado". Quando a raiva está estimulando você a dar um passo para longe da negatividade. Não é o discurso do lado da vítima sendo oprimida, derrotada pelo amor. É um discurso do lado mais positivo.

Serviço

Metals

Hoje e amanhã, às 22 horas, no Cine Joia, em São Paulo. R$ 240 (inteira) mais taxa de conveniência. Dia 24, às 22 horas, no Circo Voador, no Rio de Janeiro. R$ 280 (inteira) mais taxa de conveniência.

A cantora e compositora canadense Feist se apresenta nos palcos brasileiros de hoje a quarta-feira com um objetivo bastante claro em mente: não correr atrás do sucesso. A meta, incomum para uma artista muitas vezes classificada como pop, outras como alternativa, é resultado de um período de introspecção em que entrou na entressafra dos álbuns The Reminder (2007) e Metals (2011).

Apesar de não buscá-lo, Feist terá de lidar com o sucesso quando cantar o principal hit de sua carreira, 1234, de The Reminder, para o público dos shows em São Paulo, hoje e amanhã, e no Rio de Janeiro, na quarta-feira. A nova turnê, do álbum Metals, vai passar, além do Brasil, pela Argentina, Chile e México, na América Latina, até meados de novembro.

Sobre o sucesso estrondoso de 1234, que a tornou conhecida em muitos países, incluindo o Brasil, Feist se diz "realmente grata", mas que isso não é tudo. Há, em meio a todo esse reconhecimento, um porém. "1234 foi arrancado do álbum, do contexto no qual fazia sentido", alega em declarações distribuídas por sua produção. "A música cresceu mais que o disco e lançou expectativas sobre o que era importante em The Reminder como um todo."

Essa constatação, incômoda para a canadense, além do próprio cansaço, fez com que, após sete anos de estrada, ela tirasse um tempo para descansar. "Risquei oito meses no calendário", lembra. "Depois de um ano, não havia aprendido a ficar em casa. Então, estendi por mais um ano. Viajei para a França, México, Egito. Vi minha família e amigos, plantei vegetais no jardim, vivi uma vida normal."

Foi nesse contexto que nasceu Metals, o disco menos ambicioso de Feist desde Let It Die (2005), que, segundo ela, foi o responsável pela maior mudança na sua rotina, pois foi quando flertou com o sucesso pela primeira vez. Apesar de ser visto como low profile, o álbum já rendeu cinco clipes excepcionais – The Bad In Each Other, How Come You Never Go There, Bitter Sweet Memories, Anti Pioneer e A Commotion – este último em um projeto com a banda norte-americana Mastodon.

Feist conta que as músicas de Metals foram compostas em uma cabana atrás de sua própria casa. O processo se deu com calma, "com ninguém esperando, assistindo ou ouvindo". Quanto ao nome do disco, a canadense tem a resposta na ponta da língua. "Metais era uma palavra que poderia dar a cada canção, uma ferramenta ou arma para expandir a própria identidade, fazê-la suave, mercurial ou menos maleável." Diferentes propriedades dos metais.

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