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Lucélia Santos viveu um jejum de cinco anos longe dos estúdios de TV. Durante este período, mergulhou de cabeça e atuou como produtora e diretora de documentários. Mas bastou um convite para retornar às novelas que a atriz não hesitou em dizer um prazeroso sim. É dela o papel de Fausta, do remake "Cidadão brasileiro", que estreou na Record no horário nobre na semana passada.

Coincidentemente, é também a estréia da atriz na emissora que exibe uma reapresentação do remake de "Escrava Isaura", trabalho que a consagrou em todo o mundo.

- Pensando bem, lá se vão 30 anos desde que estourei como a protagonista de 'Escrava Isaura'. Resolvi aceitar o convite pelo fato de amar muito o que faço - assegura.

Mas não é só na Record que Lucélia celebra o passado de uma carreira de sucesso. A Rede Globo decidiu apostar no potencial de "Sinhá moça" e exibe um remake do folhetim que valorizou ainda mais o passe de Lucélia. A trama foi ao ar pela primeira vez no ano de 1986 e ela foi a estrela da obra de Benedito Ruy Barbosa.

- Esse papel nasceu da necessidade de se ter um produto que pudesse seguir a carreira da 'Escrava Isaura'. Seria uma heroína romântica e forte, da mesma época dela. Foi a personagem ideal naquele momento. Só veio somar ao meu sucesso internacional - relembra ela, que ficou conhecida em mais de 90 países por causa do trabalho.

Na atual versão de "Sinha moça", Débora Falabella foi a escolhida para dar vida à menina romântica e defensora de ideais abolicionistas. Lucélia aprovou a escalação da jovem de 27 anos e ainda deu dicas para a construção da nova Sinhá.

- A Débora tem as qualidades certas para fazer bem a Sinhazinha. E acho muito simples fazer novelas de época. 'Sinhá Moça' se passa no século XVIII e mesmo assim não existe uma diferença, a personagem continua sendo a mesma, já tem a sua essência desde que foi criada. A composição não muda em nada. Não há muito o que mudar em se tratando de um folhetim clássico - explica.

A chuva de remakes que invade as TVs nos dias de hoje não é, para a atriz, uma questão de crise na produção da dramaturgia da televisão brasileira. É apenas uma forma de repetir o sucesso de folhetins que deram certo. Segundo Lucélia, no caso de "Sinhá moça", a questão abolicionista foi um fator decisivo para o sucesso da novela.

- É muito bom que os personagens voltem, sejam reproduzidos. Mas dá um certo medo. É muita responsabilidade - observa.

Não que a atriz não queira saber do passado, mas o que importa para ela é o presente. Feliz com a nova empreitada, a atriz que interpretará Fausta, uma mulher de caráter duvidoso que se envolverá com o protagonsita da trama, Antônio Maciel (Gabriel Braga Nunes), só quer saber do seu novo trabalho.

- Fausta é baseada no 'Fausto' de Goethe, em que a personagem-título vende sua alma ao diabo. Preciso dizer mais alguma coisa? Essa novela é um dos melhores textos que já vi teledramaturgia. Vai ser um dos melhores personagens da minha carreira, um presente.

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