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A maranhense mantém o estilo dor de cotovelo antenada com as novidades | Arquivo Gazeta do Povo
A maranhense mantém o estilo dor de cotovelo antenada com as novidades| Foto: Arquivo Gazeta do Povo

Quando era pequeno, na década de 50, Luiz Melodia gostava de ouvir rádio. As músicas que mais marcaram sua infância são, hoje, clássicos do samba para as gerações posteriores à dele. E sem perder o charme. Tanto que, no ano passado, o músico lotou o Teatro Rival, com gente de todas as idades, com um repertório formado por composições de Cartola, Geraldo Pereira, Zé Kéti, entre outros. Algumas canções foram parar no disco "Estação Melodia", o primeiro que o músico lançou quase todo como intérprete.

- Eu já queria gravar um disco como intérprete e cheguei a pensar em músicas da Jovem Guarda, mas fiz o show no Rival no ano passado e lotou. Fiquei duas semanas em cartaz e resolvi dar continuidade - conta Melodia, que fez a seleção do repertório com a ajuda da mulher e empresária, Jane Reis: - Lembrei de músicas que ouvia quando pequeno e contei com a ajuda da minha mulher.

"Tive sim" (Cartola), "Papelão" (Geraldo das Neves), "Chegou a bonitona" (Geraldo Pereira e José Batista) e "Contrastes" (Ismael Silva) estão no disco ao lado de uma só composição de Luiz Melodia. "Nós dois" é uma parceria com Renato Piau.

- O disco tem samba, choro, samba canção e essa música que fiz como se fosse para uma seresta. Tem também "Eu agora sou feliz", de Jamelão, que via muito nos carnavais. Quando eu era pequeno, eu ia com minha mãe e minhas tias - lembra Melodia, que foi criado no Estácio.

O disco traz ainda duas músicas do pai de Luiz Melodia. Segundo o cantor, Oswaldo Melodia era sambista nas horas vagas:

- As músicas do meu pai são as únicas inéditas do meu disco, elas estavam guardadas a sete chaves. Ele era estivador no Cais do Porto, mas era também bom cantor e compositor e freqüentava as rodas de samba. O pouco que eu canto tem a ver com ele, apesar de ele cantar muito mais - declara, sem modéstia.

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