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Cage vive um cruzado desiludido e amargurado que tem a missão de salvar a Europa da peste negra | Divulgação
Cage vive um cruzado desiludido e amargurado que tem a missão de salvar a Europa da peste negra| Foto: Divulgação

É difícil entender as frequentes escolhas de Nicolas Cage por papéis que nada acrescentam à sua carreira cinematográfica e não fazem jus ao seu talento de ator premiado com o Oscar (por Despedida em Las Vegas, em 1995).

Caça às Bruxas, dirigido por Dominic Sena, é o exemplo mais recente dessa sucessão de equívocos. No papel de um soldado desertor das Cruzadas, no século 14, Cage parece ter saído de um filme do grupo inglês Monty Python e estar perto de cometer as patetadas mais absurdas. Infelizmente para o espectador, o papel de Cage é levado com seriedade.

Ele é Behmen, um cruzado que perdeu a fé ao ver soldados a seu lado assassinando mulheres e cri­­­anças nas batalhas religiosas em vários continentes. Ao retornar para a Europa, na companhia de Felson (Ron Perlman), encontra por onde passa povoados arrasados pela peste negra.

Para o cardeal D'Ambroise (Christopher Lee, irreconhecível pela maquiagem que deixa seu rosto completamente deformado pela peste), em seus últimos momentos de vida, a culpa é da prática da feitiçaria.

Reconhecendo-os como cruzados, o chefe religioso pede aos dois amigos que ajudem a salvar sua cidade amaldiçoada, levando uma jovem (Claire Foy), suspeita de ser bruxa, para ser submetida a um ritual num mosteiro distante, que livrará todos da praga.

Behmen concorda com relutância, provavelmente atraído pelos belos olhos da garota. Talvez ela não seja uma bruxa. Mas, durante o percurso, na companhia de um padre e de mais quatro companheiros, ela demonstra possuir estranhos poderes, que colocam a viagem em risco.

Surpresas maiores e cada vez mais absurdas esperam o grupo no mosteiro, onde está previsto o ritual purificador, como um embate feroz entre Felson e uma entidade maligna, com direito a troca de cabeçadas e outros golpes de vale-tudo. Mas podia ser pior. Pelo menos, como lembra a crítica norte-americana Jeannette Catsoulis, não se pensou em lançar uma versão 3D do filme.

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