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Um juiz do Malauí adiou para 13 de novembro a audiência solicitada por grupos de direitos humanos que tentam impedir a cantora Madonna de adotar um menino do país africano, disseram advogados na sexta-feira.

Yohane Banda, cujo filho David, 1 ano, foi levado a Londres neste mês para viver com a cantora norte-americana, compareceu ao tribunal no centro de Lilongue como "sinal de protesto" contra as manobras jurídicas que tentam impedir a adoção.

- A audiência foi adiada para que o juiz ouça outras partes envolvidas - disse à Reuters o advogado Alan Chinula, que representa a cantora no país.

Chinula e os advogados dos grupos de direitos humanos se reuniram a portas fechadas com o juiz Andrew Nyirenda.

Madonna visitou o Malauí neste mês, no que segundo seus agentes era uma missão humanitária para ajudar milhares de órfãos africanos. Dias depois de ela partir, o bebê David foi levado para a companhia dela em Londres.

O Comitê Consultivo de Direitos Humanos, que reúne 67 ONGs do setor, abriu processo contra a adoção, argumentando que a lei local proíbe a adoções internacionais, e que o governo teria aberto uma exceção a Madonna.

O advogado da coalizão, Justin Dzonzi, disse que pode tentar a adesão do pai e de outros parentes do menino à sua causa.

Mas Banda nesta semana criticou as ONGs e pediu a Madonna que não desista e não devolva o menino. David perdeu a mãe pouco depois de nascer e passou a maior parte da sua vida num precário orfanato do país.

- Não cabe a eles lutarem por mim e pelos assim chamados "direitos" do meu filho - disse Banda à TV Reuters na quarta-feira - Meu recado para Madonna é para que ela não desanime, seja forte. Conforme combinamos, esperamos que depois de três ou quatro anos a criança possa voltar para que a vejamos.

Em entrevista que foi ao ar na quarta-feira na TV dos EUA, Madonna lamentou a polêmica em torno da adoção.

Banda disse à TV Reuters que sabia que o menino seria levado para ser criado pela cantora, de 48 anos, mas admitiu não ter clareza sobre o acordo judicial que assinou e afirmou ainda se considerar pai da criança.

Ele chegou ao tribunal, uma casa em estilo colonial, com dois outros homens, que ele qualificou como primos. A audiência havia acabado de começar.

- Vim aqui em sinal de protesto contra o que os grupos de direitos humanos estão tentando fazer - disse Banda à Reuters.

Leia mais: Reuters/O Globo Online

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